Americanas (AMER3) e Magazine Luiza (MGLU3) anunciaram um acordo estratégico que permitirá a oferta cruzada de produtos nas plataformas digitais das duas varejistas. A iniciativa, segundo as companhias, tem como objetivo ampliar o portfólio disponível aos consumidores, explorando a complementaridade do mix de produtos de cada marca.
A partir desta quarta-feira, a Americanas passa a vender itens diretamente dentro do e-commerce da Magalu. Já os produtos da Magalu serão incorporados ao site da Americanas ao longo das próximas semanas, em um processo gradual de integração.
Americanas e Magazine Luiza: em busca de eficiência operacional
A parceria marca um movimento inédito no varejo brasileiro, aproximando duas das principais empresas do setor em um momento de forte competição no comércio eletrônico. As companhias afirmaram que o acordo busca aumentar a eficiência operacional e melhorar a experiência do consumidor, ampliando opções de compra e diversificando categorias disponíveis em cada plataforma.
A Americanas sofreu um tombo de 96,4% no lucro líquido no terceiro trimestre do ano (3TRI25) para R$ 367 milhões ante lucro líquido de R$ 10,2 bilhões no mesmo período do ano passado.
No entanto, no acumulado de nove meses até setembro, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 227 milhões. No mesmo período do ano passado, a rede varejista divulgou lucro líquido de R$ 8,8 bilhões.
Enquanto isso, a receita líquida da companhia foi de R$ 2,690 bilhões, ao passo que no mesmo período do ano passado, reportou R$ 2,717 bilhões, tendo um recuo de apenas 1% nessa base de comparação.
Já o Magazine Luiza, reportou lucro líquido de R$ 84,6 milhões no 3TRI25, uma retração de 17,4% em relação aos R$ 102,4 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o lucro somou R$ 73 milhões, queda de 52,6% frente ao mesmo intervalo de 2024.
A receita líquida da varejista ficou praticamente estável, com leve alta de 0,3%, totalizando R$ 9,03 bilhões entre julho e setembro. Já a receita bruta foi de R$ 11,32 bilhões, avanço de 1,4% em relação ao terceiro trimestre de 2024. As vendas totais, que incluem o marketplace, recuaram 2,6%, para R$ 15,1 bilhões.
O lucro bruto manteve-se praticamente inalterado, em R$ 2,84 bilhões, com margem bruta estável em 31,5%. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 13,2%, alcançando R$ 807,4 milhões, impulsionado pelo controle de despesas e maior eficiência operacional. A margem Ebitda subiu um ponto percentual, chegando a 8,9%.
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