O pagamento de dividendos em 2024 já alcançou o mesmo nível registrado em todo o ano passado, superando expectativas inicialmente mais conservadoras do final de 2023.
A melhora inesperada no desempenho da economia impulsionou os resultados das empresas, refletindo em uma distribuição mais robusta de proventos. Mesmo em meio a polêmicas sobre sua política de dividendos, a Petrobras ($PETR3; $PETR4) manteve sua postura favorável aos acionistas, contribuindo significativamente para o aumento dos pagamentos.
Segundo dados da fintech Meu Dividendo, as empresas brasileiras de capital aberto distribuíram R$ 222,18 bilhões em proventos entre janeiro e setembro de 2024, incluindo dividendos, juros sobre capital próprio (JCP) e outras formas de remuneração.
Esse montante é bem superior aos R$ 171,8 bilhões pagos no mesmo período de 2023. No ano passado, o total de retornos aos acionistas somou R$ 224,2 bilhões. Apesar do crescimento, o valor de 2024 ainda está abaixo dos R$ 247 bilhões distribuídos no mesmo intervalo de 2022 e dos R$ 319 bilhões registrados no ano fechado, nível que dificilmente será atingido este ano devido a circunstâncias extraordinárias que impulsionaram os pagamentos naquele período, especialmente por parte de Petrobras e Vale ($VALE3).
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Número de empresas que distribuem dividendos caiu
Ainda que o montante pago tenha aumentado em relação a 2023, o número de empresas distribuidoras de dividendos caiu. Nos primeiros nove meses de 2024, 189 companhias repassaram proventos aos acionistas, uma redução de 8% em comparação às 206 que o fizeram no mesmo período do ano anterior. Esse recuo está parcialmente ligado à estagnação de novas empresas ingressando no mercado de capitais.
A Petrobras permanece como o pilar desses pagamentos, desembolsando quase R$ 70 bilhões até setembro, mais que o dobro do segundo maior pagador, o Itaú Unibanco ($ITUB4), que distribuiu R$ 27 bilhões.
No entanto, outra tradicional grande pagadora, a Vale, não conseguiu repetir o desempenho dos anos anteriores. Apesar disso, o mercado aguarda um possível novo anúncio de pagamento por parte da mineradora ainda em 2024. Analistas alertam para resultados mais tímidos no terceiro trimestre, devido à pressão sobre os preços do minério de ferro causada pela menor demanda e excesso de oferta da China.
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