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Ações da CSN e CSN Mineração tombam mais de 2% após operação bilionária envolvendo MRS

Ações da CSN e CSN Mineração tombam mais de 2% após operação bilionária envolvendo MRS

Essa retração tem como pano de fundo uma operação acionária bilionária envolvendo a MRS Logística, controlada da CSN e uma questão legal

As ações da CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) tombam mais de 2% cada no Ibovespa nesta sexta-feira (19). Essa retração tem como pano de fundo uma operação acionária bilionária envolvendo a MRS Logística, controlada da CSN e uma questão legal.

Mais cedo, a MRS divulgou um fato relevante informando que a CSN repassou à sua controlada CMIN3, total de 37.740.767 ações da MRS, sendo 974.851 ações ordinárias, 2.673.312 ações preferenciais classe A e 34.092.604 ações preferenciais classe B, representativas de aproximadamente 11,17% do capital social da companhia de logística.

Segundo a MRS, o preço total da transação foi fixado em R$ 3,350 bilhões dividida em duas transações, sendo certo que a segunda transação, referente a 6.759.540 ações preferenciais classe B, representativas de 2% do capital social da MRS, ainda sujeita a condições precedentes não divulgadas, representa o montante de aproximadamente R$ 600 milhões.

“A partir da conclusão das duas partes da transação a CMIN passará a deter 26.777.723 ações ordinárias, 40.209.312 ações preferenciais classe A e 34.092.604 ações preferenciais classe B, totalizando 101.079.639 ações representativas de 29,91% do capital social da MRS, enquanto a CSN reduzirá sua participação para 7,59%, com 25.636.431 ações ordinárias”, informou a CSN Mineração.

MRS Logística: como ficarão participações após operações

Após a conclusão das duas operações, a CMIN passará a deter 27,91% do total de ações da MRS, sendo 14,30% de ações ordinárias, 49,28% de ações das ações preferenciais classe A e 33,50% das ações preferenciais classe B de emissão da MRS, totalizando 44,80% de participação nas ações preferenciais de emissão da MRS.

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Já a CSN passará a ser titular de 9,59% das ações da companhia de logística, sendo 13,69% das ações ordinárias, nenhuma participação nas ações preferenciais classe A e 9,77% das ações preferenciais classe B de emissão da MRS, totalizando 4,48% de participação nas ações preferenciais da MRS.

Por trás dessas operações, uma questão legal: a MRS opera como concessionária de um serviço público federal. Por causa disso, ela está sujeita a regras específicas previstas no contrato de concessão e na legislação. Uma dessas regras estabelece que nenhum acionista pode deter mais de 20% do capital com direito a voto da empresa.

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Na prática, isso quer dizer que: mesmo que um investidor queira comprar uma participação maior, ele não pode ultrapassar 20% das ações com direito a voto; esse limite não é uma decisão interna da empresa, mas uma exigência regulatória; a regra busca evitar concentração de controle em uma empresa que presta serviço público, preservando governança, concorrência e interesse público.

Em novembro, a CSN havia informado o começo da estruturação da CSN Infraestrutura, nova empresa que concentrará seus principais ativos logísticos e de energia. O projeto é considerado pela administração como sendo o movimento mais relevante do plano de desalavancagem do grupo, que encerrou o terceiro trimestre com dívida líquida próxima de R$ 37,5 bilhões, equivalente a 3,1 vezes o Ebitda.

“Nosso objetivo é muito claro: reduzir a alavancagem de forma orgânica e não dilutiva, preparando a empresa para um novo ciclo de crescimento”, afirmou Rabello.

Segundo análise da Ágora Investimentos, este é um desenvolvimento considerado positivo para a CSN, pois reforça o compromisso da empresa com a desalavancagem por meio da monetização de parte de seu portfólio de ativos, uma importante fonte de preocupação para os investidores.

“Já em relação à CSN Mineração, esperamos uma reação negativa do mercado, visto que a avaliação implícita sugere um múltiplo EV/EBITDA de 9,4x, significativamente superior aos 6,1x estimados para Rumo (RAIL3), por exemplo”, diz trecho do relatório da Ágora.

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