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O que acontece agora com os acionistas da Oi?

O que acontece agora com os acionistas da Oi?

Falência da Oi levanta dúvidas sobre o futuro dos papéis e o que resta aos acionistas da companhia.

A decretação da falência da Oi marca o fim de uma era na história das telecomunicações brasileiras — e o início de uma nova fase de incerteza para quem ainda possui ações da companhia. Os acionistas da Oi enfrentam agora a dura realidade de ver seus papéis se tornarem praticamente sem valor.

A decisão judicial que converteu o processo de recuperação em falência suspendeu as negociações na B3 e deu início à chamada liquidação ordenada dos ativos da empresa.

Ações da Oi: o que muda para os investidores?

Com a falência decretada, as ações ordinárias (OIBR3) e preferenciais (OIBR4) da Oi perdem seu valor de mercado. Isso ocorre porque, em um processo falimentar, os acionistas da Oi são considerados investidores residuais, ou seja, estão no último nível da fila para receber qualquer eventual saldo. Antes deles, a lei garante prioridade a empregados, governo, fornecedores e demais credores.

Na prática, isso significa que dificilmente haverá recursos suficientes para compensar os acionistas. Como a Oi apresenta patrimônio líquido negativo, o investimento feito pelos detentores de ações tende a ser considerado prejuízo total.

É possível, contudo, declarar essa perda no Imposto de Renda, utilizando-a para compensar futuros ganhos de capital em outras aplicações — uma medida que pode reduzir o impacto fiscal da falência.

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Outro ponto importante é que, apesar da perda financeira, os acionistas não assumem responsabilidade direta pelas dívidas da empresa. O papel deles é o de acompanhar o processo judicial, fiscalizar relatórios e, se desejarem, buscar a responsabilização de gestores e controladores por eventuais irregularidades administrativas.

O que é a liquidação ordenada?

Com a falência declarada, o passo seguinte é a liquidação ordenada dos ativos da Oi. Esse processo tem como objetivo transformar o patrimônio da empresa — como imóveis, participações em outras companhias e contratos — em recursos financeiros que serão utilizados para pagar credores.

A liquidação ordenada é diferente de uma venda apressada de bens. Ela segue um cronograma estabelecido judicialmente, priorizando a maximização do valor arrecadado.

Entre os ativos mais relevantes da Oi estão sua participação de 27,5% na V.tal, empresa de infraestrutura de telecomunicações, e milhares de imóveis espalhados pelo país, além de equipamentos e marcas. Todos esses itens poderão ser alienados de forma controlada para garantir transparência e eficiência no processo.

Essa etapa é conduzida sob supervisão de um administrador judicial e acompanhada por um comitê de credores, que será eleito para decidir os rumos da liquidação. Para os acionistas da Oi, esse acompanhamento serve mais como uma forma de transparência do que como uma oportunidade de reaver valores.

Perspectivas futuras e o que ainda resta da Oi

Mesmo em falência, a Oi ainda mantém algumas operações em funcionamento. Serviços essenciais, como a manutenção da telefonia fixa e de contratos com o poder público, continuam ativos até que sejam transferidos a outras empresas. A Oi Soluções, braço de tecnologia voltado para empresas, também segue em operação temporária enquanto se define o destino de seus contratos.

No entanto, essas atividades não mudam o cenário para o mercado acionário. As ações da companhia tendem a ser retiradas definitivamente da B3 após o encerramento do processo. Em outras palavras, o investimento feito pelos acionistas da Oi chegou ao fim, consolidando uma das maiores perdas da história recente do mercado de capitais brasileiro.

O caso da Oi serve como alerta sobre os riscos de investir em empresas em situação financeira crítica. Saiba no botão abaixo em quais companhias investir para 2026.

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