A Copel concluiu oficialmente sua migração para o Novo Mercado da B3, segmento que reúne empresas comprometidas com os mais altos padrões de governança corporativa do mercado brasileiro. Com a mudança, a companhia passa a ter exclusivamente ações ordinárias negociadas sob o código CPLE3, encerrando definitivamente a negociação de ações preferenciais.
No primeiro dia após a migração, a Copel consolida uma estrutura societária mais simples e alinhada às melhores práticas do mercado de capitais. A presença no Novo Mercado representa não apenas uma alteração formal de segmento, mas um movimento estratégico com impacto direto na relação com investidores e na percepção da empresa no mercado.
Segundo comunicado ao mercado, a companhia reforça que a migração ao Novo Mercado está conectada ao compromisso com a geração de valor de longo prazo, transparência e equidade entre os acionistas.
Estrutura acionária mais simples e direitos iguais
Um dos principais efeitos da migração da Copel para o Novo Mercado é a unificação de sua base acionária. Com apenas ações ordinárias em circulação, todos os investidores passam a ter os mesmos direitos políticos, incluindo o direito a voto em assembleias.
Para João Abdouni, analista da Levante Inside Corp, essa mudança traz ganhos claros de governança. Ele afirma que “a principal consequência dessa migração é a simplificação da estrutura acionária da empresa, com maior transparência e equidade entre os acionistas”. Segundo o analista, o modelo facilita o entendimento do funcionamento da companhia no mercado de capitais.
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Além disso, a eliminação das ações preferenciais reduz distorções históricas entre classes de papéis, tornando a Copel mais aderente aos padrões exigidos por investidores institucionais e fundos estrangeiros.
Liquidez, valorização e redução de riscos
Outro ponto central da migração para o Novo Mercado está no impacto sobre a liquidez das ações da Copel. Ao concentrar toda a negociação em um único papel, a companhia tende a ampliar o volume negociado e facilitar o acompanhamento por analistas e investidores.
João Abdouni destaca que “a unificação das ações tende a favorecer a liquidez dos papéis, além de reduzir distorções de preço entre diferentes classes”. Esse movimento, segundo ele, melhora a eficiência do mercado e pode destravar um prêmio de valorização ao longo do tempo.
O analista também chama atenção para a mudança no equilíbrio de poder acionário. Com a migração, “a participação relativa dos votos dos acionistas privados aumenta em detrimento do Estado do Paraná”, o que reduz o risco de interferência estatal e melhora a percepção de governança da companhia.
Novo Mercado como estratégia de longo prazo
Em um contexto mais amplo, a entrada da Copel no Novo Mercado ocorre após mudanças relevantes em seu controle e modelo de gestão. A decisão sinaliza uma postura mais competitiva e alinhada às exigências do mercado financeiro moderno.
Para Abdouni, “ao optar pelo Novo Mercado, a empresa busca se posicionar de forma mais atrativa, reforçando seu compromisso com transparência, eficiência e geração de valor no longo prazo”. A adesão ao segmento coloca a Copel em um grupo seleto de companhias que seguem regras corporativas mais rigorosas.
Com a migração concluída, a Copel reforça seu papel como referência no setor elétrico brasileiro e amplia sua capacidade de atrair investidores interessados em governança, previsibilidade e crescimento sustentável.






