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Ibovespa a 160 mil pontos: alvo está mantido pós-Copom e Fed

Ibovespa a 160 mil pontos: alvo está mantido pós-Copom e Fed

Conforme esperado, o Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,5% e, agora, a Selic foi a 10,75%. Com zero surpresas!

Também conforme amplamente esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) teve cautela adicional ao falar sobre os cortes futuros, com uma mudança versus os comunicados anteriores.

O comitê promete mais um corte de 0,5% na próxima reunião, levando a Selic para 10,25% a partir de 8 de maio. Daí para a frente, a intensidade das reduções vai depender, em nossa opinião, na EQI Research:

  1. do FED: quanto antes o FED começar a cortar juros, mais à vontade ficará o Copom para avançar mais rapidamente;
  2. da convergência das expectativas de inflação para mais próximo da meta: atualmente, o Boletim Focus aponta que o mercado espera inflação para 2025 de 3,52%, comparado à meta de 3%.

A expectativa de consenso do mercado é que o Fed comece a cortar de juros na reunião de 12 de junho, com três cortes de 0,25% em 2024 (junho, julho e setembro), o que faria os Fed Funds caírem dos atuais 5,25% para 4,5%.

De todo modo, depois do discurso e entrevista de Jerome Powell, presidente do Fed, não é impossível (embora seja menos provável) que os cortes comecem ainda antes, já na reunião de 1 de maio.

gráfico Selic
Fonte: EQI

Ibovespa a 160 mil pontos

Temos reforçado bastante que o início dos cortes de juros nos Estados Unidos e a continuidade da queda da Selic no Brasil é “vento de cauda forte” para o investimento em ações.

Pode haver alguma dúvida e hesitação sobre quando isso se torna realidade, mas a direção do vento é o mais importante e está dada.

Reforçamos a nossa visão otimista com a renda variável no Brasil e nosso alvo de Ibovespa a 160 mil pontos está mantido!

Nas “CNTP” (condições normais de temperatura e pressão, para quem lembra das aulas de química do ensino médio), a inflação anual brasileira roda ao redor de 4% ao ano. Sim, acima da meta de 3%, por conta da nossa aversão como sociedade em atingir um orçamento equilibrado, que nos permitisse reduzir a dívida etc.

Um país com estas características deveria ter um juro real ao redor de 4%. Vale lembrar, a taxa de juros real média entre 2008 e 2017 foi de 5%, mas desde então o país melhorou, com várias reformas aprovadas desde 2016 e uma alternância de poder sem “loucuras fiscais”, apesar da pandemia.

Então, em um exercício de aritmética simples:

Inflação de 4% + 4% de juro real = 8% de juro nominal

Estamos ainda a 10,75%, o que significa que o juro real é hoje de 7,25%/6,50%. É muito juro real e totalmente fora do esquadro histórico, similar a momentos de pico de estresse com a questão fiscal.

Ainda há espaço para a Selic continuar a cair e, ainda assim, se manter uma política relativamente restritiva, com juros reais acima dos 4% ao ano.

Por Luis Moran, head da EQI Research

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