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Guerra tarifária: veja as recomendações da EQI Research para os investidores

Guerra tarifária: veja as recomendações da EQI Research para os investidores

O cenário econômico global entrou em ebulição. Com o retorno das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, o mundo presencia uma nova escalada na guerra tarifária. Desta vez, os EUA, sob o governo Donald Trump, impuseram tarifas de 125% aos produtos chineses — um aumento sem precedentes que visa isolar economicamente a segunda maior potência do planeta.

Embora o governo norte-americano tenha anunciado uma suspensão temporária de 90 dias das tarifas superiores a 10%, o Brasil, ainda que parcialmente poupado, não saiu ileso. Recebeu a tarifação mínima e, agora, observa com cautela o impacto indireto de uma possível recessão global.

O relatório, a EQI Research oferece um raio-X das consequências imediatas e potenciais para o Brasil, em um ambiente de incerteza extrema que, segundo os analistas, só tem uma certeza: a volatilidade.

Guerra tarifária: mercado em reboliço, reação imediata e cautela no Brasil

O efeito dominó das novas tarifas foi sentido com força nos mercados financeiros. Após dias de forte queda, os índices Nasdaq e S&P500 dispararam 12,2% e 9,5%, respectivamente, no mesmo dia do anúncio da suspensão parcial.

O Ibovespa fechou o dia em alta de 3,1%, impulsionado por uma leitura mais otimista do impacto direto sobre o Brasil.

Ainda assim, a EQI Research alerta: “Empresas brasileiras expostas ao comércio internacional, especialmente nos setores de commodities, tecnologia e indústria, devem ser as mais prejudicadas.” O risco agora é que uma eventual desaceleração global atinja também o mercado doméstico, como um segundo efeito de onda.

A guerra tarifária e as estratégias para sobreviver à tempestade

Diante da incerteza, os analistas da EQI Research recomendam calma. Não é hora de mudanças drásticas na carteira de investimentos, mas sim de ajustes pontuais e estratégias defensivas. Veja como os especialistas estão recomendando agir em cada classe de ativos:

Ações

A recomendação é uma postura mais conservadora. A exposição em commodities foi reduzida, enquanto setores considerados resilientes, como bancos e utilidades públicas, ganham destaque. A carteira sugerida passou por mudanças, com redução em Petrobras e aumento em Eletrobras, além da inclusão de empresas defensivas como Allos e Grupo Mateus.

As ações pagadoras de dividendos são vistas como porto seguro, com destaque para o setor financeiro e elétrico. Uma troca estratégica na carteira recomendada da casa de análise foi feita: Itaú (ITUB4) por Itaúsa (ITSA4), que apresenta maior diversificação com desconto atrativo.

Fundos Imobiliários (FIIs)

Os FIIs de tijolo voltam ao radar como possível refúgio, especialmente se uma recessão levar à queda das taxas de juros. O relatório indica redução em FIIs de papel, que já se valorizaram bastante, com foco em fundos com ativos reais ainda descontados. A estratégia é de rebalanceamento gradual, mantendo uma visão de longo prazo.

Renda Fixa

A incerteza global torna difícil prever os rumos da inflação e dos juros. Assim, a recomendação é reduzir a exposição a títulos prefixados e reforçar papéis indexados ao IPCA, além de priorizar vencimentos mais curtos e pós-fixados. Segundo a EQI, LFTs continuam como opção de segurança, com alta liquidez e atratividade real em um cenário volátil.

Câmbio

A orientação é clara: disciplina. O dólar deve ser mantido como proteção estratégica, respeitando metas de alocação – comprando dólar quando este estiver abaixo da meta de alocação e comprando ativos domésticos quando o dólar estiver acima da meta definida.  

Evitar decisões impulsivas é fundamental, já que tentar prever o comportamento de mercados em meio a choques geopolíticos é uma aposta de alto risco.

Governo brasileiro adota postura de cautela na guerra tarifária

Até o momento, o governo brasileiro optou por observar com atenção os desdobramentos antes de agir. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que “não há motivos para medidas emergenciais neste estágio”, mas reforçou que o país está monitorando de perto os efeitos da nova configuração comercial global.

Guerra tarifária: volatilidade é o novo normal

A leitura da EQI Research é pragmática: a volatilidade não é exceção, mas a regra em momentos como este. E se a economia global entra em uma fase de incerteza prolongada, o investidor precisa de estratégias mais defensivas e foco no longo prazo.

Como diz o relatório, “momentos como o atual são delicados e requerem serenidade, disciplina e uma estratégia bem definida.” O Brasil, apesar de não estar no centro da disputa tarifária, navega em águas agitadas — e o leme da cautela parece ser, por ora, a melhor escolha.

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