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Depois do prejuízo, ainda vale a pena ter Petrobras na carteira?

Depois do prejuízo, ainda vale a pena ter Petrobras na carteira?

No quarto trimestre de 2024 (4TRI24), a Petrobras ($PETR4) registrou um prejuízo líquido de R$ 17 bilhões, revertendo o lucro de R$ 31 bilhões do mesmo período do ano anterior.

O resultado pode ter assustado alguns investidores, mas será que ainda faz sentido manter a Petrobras na carteira? Os analistas da EQI Research e do BTG Pactual ($BPAC11) avaliam essa questão.

As decisões de investimento devem ser tomadas com mais razão do que emoção. Mesmo com essa perda bilionária, os analistas recomendam cautela, já que não fizeram grandes mudanças na avaliação das ações da Petrobras.

Na Carteira de Ações de março da EQI Research, a Petrobras foi mantida com um peso de 15%, o maior do portfólio, junto com o Itaú ($ITUB4). A escolha se baseia na preferência por ativos com baixa alavancagem, resultados sólidos no curto prazo e que se beneficiam de um dólar forte.

A Petrobras também segue na Carteira de Dividendos da EQI Research. No relatório, os analistas destacaram que os números do 4TRI24 trouxeram preocupações devido à aceleração dos investimentos (capex), o que pode afetar a distribuição de dividendos. Ainda assim, a EQI Research considera esse impacto pequeno e acredita que a companhia continuará priorizando investimentos rentáveis.

Ainda esperamos que a empresa mantenha o pagamento de dividendos elevados, na casa de 14,6% nos próximos 12 meses, especialmente após a recente queda das ações”, afirmaram os analistas.

BTG mantém recomendação de compra para Petrobras

Mesmo com o aumento dos investimentos, o BTG manteve sua recomendação de compra para a Petrobras, com preço-alvo de R$ 58.

Os analistas reconhecem que o crescimento dos aportes pode gerar dúvidas sobre os dividendos no curto prazo, mas acreditam que a maior produção e geração de caixa no futuro devem compensar esse impacto.

No 4TRI24, a Petrobras investiu US$ 5,7 bilhões, elevando o capex total do ano para US$ 16,6 bilhões, um aumento de 19% em relação à estimativa oficial de US$ 14 bilhões. A estatal justificou essa antecipação como forma de reduzir riscos na cadeia de suprimentos e otimizar a gestão dos contratos no campo de Búzios, seu principal ativo.

Com o aumento do capex, o valor dos dividendos distribuídos caiu para US$ 1,6 bilhão (R$ 0,71 por ação e US$ 0,25 por ADR), com um yield de 1,8%, abaixo da projeção mínima de US$ 2 bilhões esperada pelo mercado. Ainda assim, no acumulado de 2024, a Petrobras distribuiu cerca de US$ 14 bilhões em dividendos e recompras, garantindo um retorno de 16% sobre seu valor de mercado.

No operacional, o EBITDA ajustado foi de US$ 9,8 bilhões, 9% abaixo da projeção do BTG, impactado pelo aumento dos custos de extração em Exploração & Produção (E&P), que subiram para US$ 9,1 por barril, ante US$ 8,2 no trimestre anterior. Já o segmento de refino registrou EBITDA de US$ 1,5 bilhão e margem de 8%, a mais alta desde 2023.

O aumento inesperado do capex levantou preocupações sobre a alocação de capital da Petrobras, especialmente diante dos altos custos de financiamento.

O BTG reforça que, historicamente, momentos de pessimismo em relação à estatal criaram oportunidades de compra e mantém sua recomendação positiva, desde que o capex para 2025 não seja revisado para cima.

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