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BTG mantém recomendação de compra para Petrobras (PETR4), mas capex preocupa

BTG mantém recomendação de compra para Petrobras (PETR4), mas capex preocupa

O BTG Pactual ($BPAC11) manteve sua recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4), apesar da reação negativa do mercado ao aumento dos investimentos (capex) da companhia, com preço-alvo de R$ 58.

O banco de investimentos reconhece que a decisão de elevar o capex para 2024 pode gerar preocupações entre os investidores, especialmente no que diz respeito à distribuição de dividendos no curto prazo. No entanto, acredita que o impacto pode ser compensado por uma maior produção e geração de caixa no futuro.

A Petrobras investiu US$ 5,7 bilhões no quarto trimestre de 2024, elevando o total do ano para US$ 16,6 bilhões — um aumento de 19% em relação à estimativa oficial de US$ 14 bilhões. O BTG avalia que esse tema será o mais debatido na teleconferência de resultados e que os investidores podem se tornar mais cautelosos quanto ao potencial de dividendos da estatal.

Petrobras (PETR4): motivo do aumento no capex

A $PETR4 justificou a elevação dos investimentos pela necessidade de reduzir o descompasso entre o progresso físico e financeiro do campo de Búzios, seu principal ativo. Essa antecipação busca mitigar riscos na cadeia de suprimentos e melhorar a gestão dos contratos. O BTG compara essa dinâmica à construção civil, onde os desembolsos ocorrem conforme etapas do projeto são concluídas.

Embora o aumento dos investimentos possa indicar um impacto no curto prazo, há a possibilidade de um alívio em 2025, caso a antecipação leve a um menor volume de capex no próximo ano.

De acordo com relatório, o aumento do capex reduziu a base de cálculo dos dividendos distribuídos pela Petrobras, resultando em um pagamento de US$ 1,6 bilhão (R$ 0,71 por ação e US$ 0,25 por ADR), equivalente a um yield de 1,8%. O valor ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetavam um mínimo de US$ 2 bilhões e um consenso de US$ 2,6 bilhões.

Ainda assim, considerando o acumulado do ano, a Petrobras distribuiu cerca de US$ 14 bilhões em dividendos e recompras, garantindo um retorno de 16% sobre o valor de mercado da companhia.

Resultados mistos

No lado operacional, o EBITDA ajustado da Petrobras ficou em US$ 9,8 bilhões, 9% abaixo da projeção do BTG. O resultado foi impactado principalmente por maiores custos de extração em Exploração & Produção (E&P), que subiram para US$ 9,1 por barril, ante US$ 8,2 no trimestre anterior. Esse aumento foi atribuído a paradas para manutenção no campo de Búzios.

Por outro lado, o segmento de refino apresentou desempenho positivo, com EBITDA de US$ 1,5 bilhão e margem de 8%, a mais alta desde 2023. O BTG avalia que esse resultado ajuda a dissipar preocupações sobre potenciais perdas na comercialização de combustíveis.

A surpresa com o aumento do capex levantou preocupações sobre a alocação de capital da Petrobras, especialmente em um ambiente de custos elevados de financiamento. O BTG reconhece esse risco, mas reforça que, historicamente, episódios de pânico em torno da estatal criaram oportunidades de compra para os investidores.

As ADRs da Petrobras caíram 7% no aftermarket em Nova York. No entanto, caso a estimativa de capex para 2025 não seja revisada para cima, as ações seguem sendo negociadas com um rendimento de dividendos de 15%. O BTG mantém sua recomendação de compra para a companhia.

Balanço da Petrobras (PETR4) no 4TRI24

A Petrobras amargou prejuízo líquido de R$ 17 bilhões no quarto trimestre do ano passado (4TRI24), revertendo o lucro líquido de R$ 31 bilhões do mesmo período do ano anterior. Já no acumulado de 2024, a petroleira registrou um tombo de 70,6% no lucro líquido, ao atingir R$ 36,6 bilhões ante R$ 124,6 bilhões do ano anterior.

As receitas de vendas da companhia nos três últimos meses de 2024 foi de R$ 121 bilhões ante R$ 134 bilhões do 4TRI23, tendo uma redução de 9,7%. No ano, a receita total foi de R$ 490 bilhões contra R$ 511 bilhões do acumulado de 2023, resultando em uma retração de 4,1%.

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