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Contas digitais: qual a preferência dos brasileiros?

Contas digitais: qual a preferência dos brasileiros?

As contas digitais já fazem parte do cotidiano dos brasileiros, mas a preferência em relação a elas está mais relacionada a uma questão de idade, ao menos por enquanto.

Isso porque são os jovens os que mais aderem a esse tipo de movimentação, principalmente por conta da pouca burocracia em relação aos bancos tradicionais.

Acontece que tudo o que se deseja costuma estar na palma da mão, ao alcance de um clique e, atualmente, isso faz toda a diferença.

Não à toa, as instituições financeiras tradicionais se mexem para atualizar ou lançar aplicativos para, de alguma forma, segurar parte de sua clientela e atrair um público com menos idade.

Tanto é assim que o Banco do Brasil (BBAS3) anunciou a reformulação de uma conta para clientes com menos de 18 anos.

Trata-se da BB Cash, que poderá ser aberta totalmente através dos canais online do banco e permitirá compras na internet, uso do Pix e aplicação em investimentos e em previdência.

Esse movimento é emblemático, visto que o BB é a instituição bancária mais antiga do Brasil, pois foi fundada em 1808 por determinação da monarquia.

O feito mostra que o BB não apenas está de pé, como continua brigando de igual para igual com seus pares, e ainda tem fôlego para competir com os neobancos.

Imagem mostra o desenho de mãos utilizando o celular.

Contas digitais: o que os bancos tradicionais estão fazendo?

O BB não é o único banco tradicional com algum braço no ambiente mais tecnológico para, com isso, cativar seu público.

O Itaú Unibanco (ITUB4), por exemplo, tem o iti, que é seu banco digital, e lançou um cartão de crédito inédito, com plástico 100% reciclado, que tem tudo para chamar a atenção dos que prezam por sustentabilidade. Conforme a instituição, esse é o primeiro produto dessa natureza a ser lançado no Brasil.

O movimento reforça a estratégia ESG da instituição financeira e promove a redução da emissão de gás carbônico (CO²) em 46%. O banco pretende atrair o engajamento dos mais jovens, cujo posicionamento está cada vez mais voltado para a preservação do meio ambiente.

O banco também disse que o produto assegura a economia de 46% na energia e de 75% na água utilizados no processo de produção.

Diretor do iti Itaú, João Araújo disse, na ocasião do lançamento, que a instituição já tem uma forte agenda de inclusão financeira e de diversidade. Agora, acelera ainda mais em iniciativas em prol do meio ambiente.

O ESG, por sua vez, diz respeito à governança ambiental, social e corporativa, do inglês environmental, social, and corporate governance, e é uma abordagem para avaliar até que ponto uma corporação trabalha em prol de objetivos sociais que vão além do papel de uma corporação para maximizar os lucros em nome dos acionistas da corporação.

Para alguns analistas, empresas que não se voltarem para o ESG, rapidamente, perderão market share (participação de mercado) em breve. Muitos grupos empresariais, dos mais variados segmentos, estão tentando se adequar.

next vai para a bolsa

O next é o banco digital do Bradesco (BBDC4), também voltado a um público mais atualizado em tecnologia e menos afeito a burocracia bancária.

A instituição da Cidade de Deus (RJ) pretende realizar a oferta pública inicial (IPO) do next no final de 2023. Nesse prazo, a estimativa é de que já haja 20 milhões de correntistas.

O braço digital tem, atualmente, menos de 10 milhões de correntistas, o que é um marco para uma subsidiária criada em 2017.

Os executivos do bancão conhecem bem o público-alvo do next, composto por gente jovem, com menos renda e vidrada em cashback (dinheiro de volta).

Outro ponto na personalidade deles é a rejeição total às tarifas de serviço, mas isso não significa que a instituição deixe as operações completamente isentas de cobrança. O jeito é “fazer com jeito”.

Entretanto, para uma instituição com 79 anos e acostumada a trabalhar de uma determinada maneira, esse tipo de inovação tem seus contratempos. Tanto é assim que o next nasceu dentro do Bradesco, mas os gestores chegaram à conclusão que deveria ser uma outra empresa. E assim foi.

Ainda assim, algumas mudanças sempre ocorrem, como a saída de Renato Ejnisman que comandava o next após um ano e meio à frente da instituição. Ele deixou a companhia um mês atrás.

Agora, quem tocará o next é Curt Zimmermann, que por enquanto vai acumular o cargo com o comando do Bitz, carteira digital do grupo.

De fato, vale mencionar que além de um banco digital com conta digital e apps, o Bradesco disponibiliza ao mercado, ainda, uma carteira digital chamada Bitz. Por meio dela, pode-se fazer transferências gratuitas, recargas de celular e Pix, além de cadastrar vales refeição e alimentação, cartão de crédito e pagar contas com QR Code.

Santander tem o open banking, mas lá fora

Outro banco tradicional, privado, e com muitas agências no Brasil é o Santander (SANB11), que tem a conta digital chamada open banking, mas somente na Europa e quando essa opção for trazida ao Brasil, deverá ter outro nome, visto que essa nomenclatura, no país, refere-se ao sistema banco aberto, onde as instituições financeiras trocam informações com a permissão do cliente.

Para compensar a falta de um braço digital no Brasil, o Santander implementa outros recursos que podem ser bastante interessantes, a exemplo do sistema de negociação e registro simultâneo de propriedade de automóveis por meio de tecnologia blockchain, que pode facilitar as vendas de carros usados envolvendo pessoas físicas.

A tecnologia se dá em parceria com a Parfin, que é uma provedora de infraestrutura de “tokenização” e criptoativos para o mercado financeiro. O sistema endereça uma das principais dores enfrentadas nesse tipo de transação, que é o hiato entre o recebimento do valor e o registro do bem em nome do comprador.

Além disso, estuda a viabilidade de tornar seus cartões compatíveis com o Apple Pay, sendo que os testes em si começaram em maio do ano passado, em parceria com Apple. Atualmente, o processo está em fase de homologação no aplicativo Santander Way (que faz a gestão dos cartões do banco) e, após o lançamento, a ideia é levar a compatibilidade também ao aplicativo principal, o Banco Santander Brasil.

Importante dizer, porém, que o lançamento depende da aprovação da Apple.

Volume de clientes

  • O Bradesco tem 99,2 milhões de clientes no Brasil, e o next tem pouco mais de 7 milhões de clientes;
  • O Itaú tem 85,7 milhões de clientes no Brasil, e o iti tem pouco mais de 6 milhões de clientes.
  • O Banco do Brasil tem 69 milhões de clientes no Brasil;
  • O Santander Brasil tem mais de 34,3 milhões de clientes no Brasil.

Os neobancos no Brasil

Essa corrida que se vê entre os bancos tradicionais se dá justamente por conta dos neobancos, ou seja, instituições financeiras que já nasceram digitais, como Nubank (NUBR33), Inter (INBR32), C6 Bank, Modal e outros mais. Os dois primeiros são instituições listadas, ou seja, estão na bolsa, bem como o Modal.

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