A Carteira Small Caps do BTG Pactual (BTG SMLL), ações mais recomendadas das empresas com maior potencial de ganhos da bolsa brasileira, trouxe mudanças importantes para setembro. O portfólio, composto por 10 ativos e que tem como objetivo “capturar as melhores oportunidades e performances do mercado de small caps brasileiro”, segundo o relatório da instituição, agora conta com as ações de Fleury (FLRY3) e Copasa (CSMG3), enquanto Auren (AURE3) e Minerva (BEEF3) foram retiradas.
O desempenho recente tem sido positivo: em agosto, a carteira subiu 14,2%, superando tanto o Ibovespa (+6,3%) quanto o próprio índice de small caps (+5,9%). No acumulado de 2025, a valorização chega a 30,1%, contra 17,6% do Ibovespa e 25,3% do SMLL.

Carteira Small Caps do BTG: razões para as mudanças
O relatório do BTG Pactual (BPAC11) explica que a entrada de Fleury se deve a uma oportunidade de valorização após especulações de fusões e aquisições (M&A).
“Vemos um ponto de entrada atrativo, já que o papel teve uma performance abaixo da RDOR e do Ibovespa apesar das especulações renovadas de M&A”, aponta o BTG.
Segundo os analistas, a ação negocia a 10x lucros projetados para 2025, o que é considerado barato em termos relativos e absolutos.
“O dividend yield próximo de 8% oferece uma proteção adicional” para o investidor, acrescenta o relatório.
Já a inclusão da Copasa está relacionada a potenciais avanços no processo de privatização da companhia. O BTG destaca que “catalisadores ligados ao processo de privatização podem se materializar nos próximos meses”, o que, na visão da instituição, pode destravar valor relevante para o papel, que hoje negocia a 1,1x EV/RAB.
Por outro lado, a saída de Auren e Minerva reflete uma estratégia de reposicionamento diante de oportunidades mais atraentes em outros papéis.
Teses das empresas mantidas
O BTG também detalhou a visão para os ativos que seguem na carteira:
- Orizon (ORVR3): após aumento de capital em maio, a empresa reforçou seu potencial de crescimento no segmento de biometano, em um setor ainda fragmentado e com espaço para consolidação.
- Marcopolo (POMO4): deve se beneficiar do aumento na produção e das entregas do programa Caminhos da Escola, com expectativa de margens mais robustas nos próximos trimestres.
- Tenda (TEND3): segue atrativa após mudanças no Minha Casa Minha Vida, que ampliaram o acesso à habitação popular, além de guidance positivo para 2026.
- Vivara (VIVA3): aposta na expansão de linhas premium e no fortalecimento das vendas com apoio do novo centro de distribuição no Espírito Santo.
- Inter (INBR32): recomendação de compra reforçada pela confiança na melhora contínua do retorno sobre patrimônio (ROE) e no potencial do consignado privado.
- IRB (IRBR3): manteve bons resultados no 2T25 e pode retomar o pagamento de dividendos, com valuation considerado atrativo.
- Multiplan (MULT3): segue com portfólio dominante de shoppings, vacância baixa e aluguéis crescendo acima da inflação, beneficiando-se da queda dos juros.
- São Martinho (SMTO3): mesmo com queda do açúcar, o BTG mantém visão construtiva na commodity, com expectativa de recuperação dos preços e forte geração de caixa.
Histórico consistente da Carteira de Small Caps
Criada em 2010 e gerida por Carlos Sequeira desde então, a carteira Small Caps acumula valorização de mais de 5.100% no período, contra 132,1% do Ibovespa e 94,4% do SMLL. Para o BTG, o portfólio se mantém como uma referência para investidores que buscam oportunidades entre companhias de menor capitalização, mas com alto potencial de crescimento.
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