A EQI Research divulgou sua carteira recomendada de ações, com 10 opções de investimento antes do fim do ano. Diante de um cenário econômico mais incerto, a decisão de casa de análise é de realizar ajustes no sentido de buscar papéis mais defensivos, que sofrem menos ou até mesmo se beneficiam de um cenário de juros elevados e câmbio depreciado.
Assim, foram incluídas exposições a Gerdau ($GGBR4), JBS ($JBSS3) e Porto Seguro ($PSSA3). Por outro lado, foram retiradas carteira: B3 ($B3SA3), Cyrela ($CYRE3) e o ETF Small Caps ($SMAL11), todos papéis mais sensíveis ao ciclo econômico, taxa de juros e apetite a risco.
“De agora em diante Itaú ($ITUB4) passa a ter 15% e se junta a Petrobras ($PETR4) como as duas ações de maior peso. PRIO ($PRIO3), agora com 10% e Banco do Brasil ($BBAS3), agora com 5%, permanecem na carteira, mas com pesos menores do que anteriormente”, informou trecho do relatório.

Carteira recomendada de ações: cenário econômico
No Brasil, na avaliação da casa de análise, o cenário econômico vem piorando de modo importante. Os dados de inflação corrente vêm mostrando tendência de alta, sugerindo que o índice deve encerrar o ano acima do teto da meta, de 4,5% (3,0% no centro + 1,5% de tolerância), estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
“Além disso, as expectativas de inflação para 2025 continuam se deteriorando, já apresentando sinais de desancoragem em relação à meta, e começam a impactar negativamente também as projeções para 2026 e 2027”, diz outro trecho do relatório.
No âmbito fiscal, pacote do governo foi muito mal-recebido, tido como insuficiente para estabilizar a trajetória da dívida pública. “De fato, o anúncio do pacote de gastos do governo, que pretende economizar R$ 70 bilhões no biênio 2025-2026, foi mais do que compensado pela proposta de isenção do imposto de renda para quem recebe abaixo de R$ 5 mil/mês”, diz outro trecho do relatório.
Mercado internacional
Nos Estados Unidos, o resultado eleitoral americano trouxe uma vitória forte para o partido Republicano, com a conquista da Casa Branca por Donald Trump e da maioria do Senado e da Câmara. Espera-se, agora, caminho livre para a implementação efetiva das principais propostas de campanha de Trump.
“Em termos práticos, isso significa que os juros americanos devem demorar mais a recuar, fazendo com que dólar fique mais forte por mais tempo (real mais depreciado), seja por fluxo financeiro, seja por embates comerciais/tarifários mais acirrados, especialmente com a China, maior parceira comercial brasileira”, diz trecho do relatório.
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