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Adnoc faz oferta de R$ 10,5 bi pela Braskem (BRKM5); ações disparam

Adnoc faz oferta de R$ 10,5 bi pela Braskem (BRKM5); ações disparam

A Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi, a Adnoc, apresentou uma nova proposta de compra do controle da Braskem (BRKM5) na quarta-feira (8), por R$ 10,5 bilhões. A oferta melhora as condições em relação à oferta anterior, feita junto com a gestora americana Apollo. A companhia confirmou a proposta em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira (9).

A oferta da Adnoc pode levar a um consenso entre os bancos credores da Novonor (ex-Odebrecht) e a Petrobras (PETR3; PETR4). 

Pela nova proposta, a Novonor, uma das principais acionistas da Braskem junto da Petrobras, terá uma fatia de 3% no capital da petroquímica. 

Há espaço ainda para acomodar as ambições da Petrobras, de seguir como sócia da Braskem e participando do controle, disseram fontes ao jornal Valor Econômico.

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“A Braskem S.A. (“Braskem” ou “Companhia”), em atendimento ao disposto na Resolução CVM n° 44/21, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que recebeu em 8 de novembro de 2023, correspondência enviada pela Adnoc International Limited – Sole Partnership L.L.C. (“ADNOC”) à Novonor S.A. – Em Recuperação Judicial (“Novonor”) e às instituições financeiras detentoras da alienação fiduciária das ações da Braskem S.A. de propriedade da Novonor (“Instituições Financeiras”), contendo oferta não vinculante para a aquisição da participação detida pela Novonor na Companhia (“Proposta”)”, comunicou.

Oferta da Adnoc pela Braskem: é a hora?

A proposta não vinculante pelo controle da Braskem prevê um preço de R$ 37,29 por ação. A Adnoc visa compor o controle da petroquímica com a Petrobras, que é a segunda maior acionista. 

A petroleira árabe também está disposta a lançar uma oferta pelas ações detidas por minoritários, ao mesmo preço oferecido à Novonor, segundo apuração do Valor. 

A proposta não vinculante teria sido levada à Novonor e aos bancos credores — Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4), Santander (SANB11), e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) —, pela fatia de 38,3% do capital total da Braskem detida pela ex-Odebrecht. 

Por essas ações, nas mãos das instituições como garantia às dívidas de quase R$ 15 bilhões, a Adnoc prevê desembolsar R$ 10,5 bilhões.

O que prevê a oferta

A oferta da Adnoc prevê um pagamento de 50% em dinheiro e 50% por meio de títulos (notes) com prazo de sete anos e uma taxa anual de 7,25%, em dólar. 

Ao fim da operação, a Adnoc deve ter 35,3% do capital total da Braskem, uma vez que a Novonor ficará com a participação de 3%.

Um dos principais obstáculos na primeira proposta da Adnoc, com a Apollo, foi a não permanência da Novonor no negócio – além do preço por ação, inferior aos R$ 47 oferecidos. 

A proposta inicial também não tinha a permanência da Petrobras na Braskem.

Ações disparam mais de 16%

As ações da Braskem (BRKM5) disparam mais de 16% nesta quinta-feira. Em 5 dias, a valorização é de 18,90%. Mas, no ano, a ação recua 12,45%.

gráfico ação Braskem
Cotação Braskem. Fonte: Google Finance

Balanço foi divulgado ontem

Apesar da alta na bolsa hoje, a empresa reportou prejuízo ontem à noite, em seu balanço do terceiro trimestre.

A Braskem (BRKM5) reportou prejuízo líquido de R$ 2,418 bilhões, uma alta de 119% na comparação com o mesmo período de 2022, quando o prejuízo líquido reportado pela petroquímica foi de R$ 1,103 bilhão.

O prejuízo acumulado dos nove primeiros meses de 2023 registrado pela companhia é de R$ 3,717 bilhões, revertendo um lucro líquido de  R$ 3,118 bilhões apurado de janeiro a setembro do ano passado.

Petrobras confirma due diligence

Recentemente, a Petrobras voltou a confirmar due diligence na Braskem, no interesse de exercer o direito de tag along – ou de preferência – na hipótese de venda das ações detidas pela Novonor, ex-Odebrecht. A decisão segue regras previstas no Acordo de Acionistas assinado entre as duas companhias.

A empresa destacou que ainda não existe qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação ao tema. 

A Petrobras reforça que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis”, informou sobre a Braskem.