A Petrobras (PETR3; PETR4) volta a confirmar due diligence na Braskem (BRKM5). Em comunicado ao mercado a petroleira informou que mantém o interesse de exercer o direito de tag along ou direito de preferência, na hipótese de venda das ações detidas pela Novonor, ex-Odebrecht, conforme regras previstas no Acordo de Acionistas assinado entre as duas companhias.
Porém, a empresa destacou que ainda não existe qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação ao tema. “A Petrobras reforça que decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis”, informou a petroleira.
A companhia divulgou um comunicado após matérias divulgadas na mídia no fim de semana dando conta de um suposto avanço de negociações envolvendo a Braskem. A Folha de S.Paulo havia publicado que a petroleira brasileira e os árabes da Adnoc teriam, supostamente, avançado na negociação sobre a compra do controle da companhia petroquímica.
De acordo com a publicação, a brasileira e a árabe formariam uma joint-venture, dando à Novonor uma fatia menor, de 4%, mas mantendo-a na composição acionária da empresa.
Petrobras (PETR3; PETR4) já havia negado compra
A negativa da Petrobras (PETR3; PETR4) em comprar uma fatia na Braskem não é assunto novo. A companhia já havia informado no mês passado que estaria fazendo uma due diligence na petroquímica. Porém, sem tomar qualquer decisão de compra de participação da Novonor.
Até mesmo uma eventual estatização da Braskem (BRKM5) é ventilada no mercado, mas o diretor financeiro da petroleira, Sérgio Leite, negou tal hipótese. Em comunicado divulgado em agosto ele reiterou que alta administração da estatal sinalizara que faria mais sentido para a petroquímica ter um “parceiro estratégico”.
O jornalista Lauro Jardim, do jornal o Globo, informou nesta segunda que o consórcio Adnoc/Apollo deverá comprar a petroquímica, cuja proposta foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e supostamente considerada como ele como a melhor oferta.
A Braskem (BRKM5) divulgou uma nota ao mercado reafirmando a informação dada pela Petrobras mais cedo e também divulgou que havia questionado a Novonor sobre o mesmo tema. Em resposta, a ex-Odebrecht divulgou que “não houve qualquer evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo com as eventuais partes interessadas na aquisição de sua participação indireta na Braskem”.
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