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Bottom fishing: entenda a estratégia do Morgan Stanley para ações do Brasil

Bottom fishing: entenda a estratégia do Morgan Stanley para ações do Brasil

O segundo semestre de 2024 foi assustador para os investidores do mercado acionário. O Ibovespa, em pouco menos de seis meses, caiu mais de 13%. Tudo isso aconteceu diante da deterioração do cenário macroeconômico. 

Nesse ambiente turbulento, o banco americano Morgan Stanley (MS; MSBR34) destaca o potencial de aplicar a estratégia “bottom fishing”, que é uma abordagem focada em ativos subvalorizados com perspectivas de recuperação.

Essa estratégia ganha relevância em momentos de baixa nos mercados, como o atual, quando muitos ativos estão negociados a preços baixos. 

Segundo o Morgan Stanley, o Brasil, apesar das dificuldades, reúne características que o tornam atrativo para os investidores.

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O que é bottom fishing?

O “bottom fishing”, ou “pesca no fundo” em tradução literal, é uma estratégia que consiste em comprar ativos que atingiram preços baixos, na expectativa de que esses ativos se recuperem e entreguem excelentes ganhos no médio ou longo prazo. 

O conceito se baseia na ideia de que, em momentos de queda acentuada, os investidores podem encontrar boas oportunidades para adquirir ações com fundamentos sólidos a preços atrativos.

Entretanto, essa é uma abordagem que exige paciência, análise e uma avaliação detalhada dos ativos selecionados. Nem toda queda de preço representa uma oportunidade de compra. Por isso, é importante identificar empresas com bons fundamentos e evitar ativos que estejam em tendência de baixa permanente devido a problemas estruturais.

Qual é a recomendação do Morgan Stanley para aplicar o bottom fishing no Brasil?

Os estrategistas do Morgan Stanley reconhecem o momento declicado do Brasil, mas enxergam boas oportunidades. 

O banco mantém uma posição underweight (exposição abaixo da média) em ações brasileiras dentro do portfólio de América Latina, mas avalia que o país reúne características únicas que justificam a estratégia de bottom fishing.

Enquanto os mercados brasileiros estão flutuando em território de baixa, a economia e os lucros corporativos permanecem fortes. A maior parte das ações no Brasil está barata, e preferimos a relação de risco-recompensa de exportadores de crescimento sustentável em petróleo e agricultura”, avaliam os estrategistas.

Segundo o relatório, o Brasil é hoje um dos mercados de ações mais baratos do mundo, mas também um dos que apresentam os maiores ROEs (retorno sobre patrimônio líquido), um indicador de eficiência e lucratividade. Essa combinação explica por que investidores de mercados emergentes continuam a manter grandes posições no país, mesmo enquanto os investidores locais reduzem sua exposição.

Setores e ações preferidas

O Morgan Stanley destaca setores como energia, agricultura e serviços financeiros como preferidos, enquanto mantém cautela em relação a segmentos mais cíclicos, como o consumo discricionário. Entre as empresas que aparecem como boas opções para bottom fishing, o relatório cita:

No caso de JBS e Minerva, por exemplo, os analistas destacam o perfil exportador das empresas e sua exposição ao mercado externo, que se alinha à estratégia que o Morgan chama de “Texas Trade”, baseada em apostas no setor de petróleo e agronegócio.

Por que os serviços financeiros se destacam?

Outro ponto levantado pelo relatório é a preferência por empresas do setor financeiro em relação às de consumo discricionário. 

Segundo os analistas, o setor financeiro apresenta menos riscos cíclicos e maior previsibilidade em relação a lucros, especialmente em um cenário de instabilidade.“Este é o segmento mais provável para adicionarmos exposição, caso revisemos nossa visão sobre o Brasil ou decidamos reduzir nosso risco de underweight no país”, afirma o relatório.

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