O rombo na Americanas (AMER3) refletiu no Nubank (NUBR33), e a fintech viu um de seus fundos derreter, pois estava parcialmente posicionado na varejista.
Trata-se do “Nu Reserve Imediata” que, na prática, é um investimento em RDBs (Recibos de Depósitos Bancários) com alta liquidez e grau de investimento.
Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que o referido fundo tinha cerca de 1% de seu patrimônio alocada em duas debêntures da Americanas.
Desta forma, antes do tombo da varejista, a carteira entregava ganhos equivalentes a 109% do CDI (certificado de depósito interbancário, principal referência de rentabilidade para investimentos em renda fixa), e apresentava um retorno médio de 37% do CDI nos últimos 30 dias.
Americanas (AMER3) reflete no Nubank (NUBR33)
Porém, agora o fundo, que conta com mais de 1,2 milhão de cotistas e é o maior do tipo no Brasil, supostamente “perdeu a trajetória” e, segundo clientes em redes sociais, começou a “sumir com o dinheiro dos rentistas”.
A fintech, por sua vez, tenta se defender dizendo que o “Nu Reserva Imediata” possui uma estratégia desenhada para ser uma opção de baixo risco e “altíssima liquidez” e busca um desempenho acima do CDI ao longo do tempo.
Também destacou que a carteira possui um retorno nominal (sem descontar a inflação) positivo de 2,72% nos últimos 90 dias e está ancorada em investimentos diversificados.
BBB 23
Na última semana a Americanas declinou da possibilidade de voltar a patrocinar o BBB 23, reality show da Rede Globo de Televisão.
O investimento já estava acertado há algum tempo, inclusive a varejista detinha uma das cotas mais altas do programa, mas executivos da rede de lojas procuraram a emissora de TV para, oficialmente, “deixar a casa mais vigiada do Brasil”. Tudo isso por conta das inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões encontradas em seu balanço.
Tão logo a Americanas abriu mão do patrocínio, o Mercado Livre acabou ocupando o lugar da varejista no BBB 23. A cota seria de R$ 105 milhões.
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