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Empresas de IA caminham para um ciclo histórico de investimentos bilionários até 2026

Empresas de IA caminham para um ciclo histórico de investimentos bilionários até 2026

Estimativas indicam que o avanço da inteligência artificial deve levar hiperescaladores a um novo patamar de investimentos, com impactos diretos no mercado financeiro e na produtividade global

As empresas de IA estão no centro de uma transformação profunda no mercado global de tecnologia, e 2026 surge como um marco decisivo desse movimento. Estimativas recentes entre os analistas de Wall Street apontam que os gastos de capital dos principais hiperescaladores podem atingir US$ 527 bilhões em 2026, reforçando uma tendência de revisões constantes para cima nas projeções de investimento.

Esse crescimento reflete a necessidade de infraestrutura robusta para sustentar modelos cada vez mais complexos de inteligência artificial. Data centers, chips especializados, consumo de energia e redes avançadas passaram a ser peças estratégicas para empresas que competem pela liderança nesse novo ciclo tecnológico.

Mesmo com valores já elevados, analistas destacam que os números ainda podem estar subestimados, repetindo um padrão observado nos últimos anos, quando as projeções iniciais ficaram bem abaixo dos gastos efetivamente realizados.

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Mercado financeiro mais seletivo com empresas de IA

Apesar do aumento consistente dos investimentos, o mercado não tem tratado todas as empresas de IA da mesma forma. Nos últimos meses, houve uma clara divergência no desempenho das ações ligadas à inteligência artificial, especialmente entre companhias de infraestrutura e plataformas que conseguem demonstrar retorno direto em receita.

Os investidores passaram a se afastar de empresas cuja expansão depende fortemente de dívida e apresenta pressão sobre os lucros operacionais. Em contrapartida, organizações que conseguem mostrar uma ligação clara entre capex e geração de receita continuam sendo valorizadas.

“A combinação da contínua adoção de IA pelas empresas e das crescentes preocupações com a complexidade da infraestrutura de IA aumentou o foco recente dos investidores nos próximos beneficiários do mercado de IA em constante expansão”, escreve Ryan Hammond, analista da Goldman Sachs Research, no relatório da equipe.

Quem deve se beneficiar mais do ciclo de investimentos?

Historicamente, os maiores ganhos de curto prazo ficaram concentrados nas empresas de infraestrutura de IA, como fabricantes de semicondutores, operadores de data centers e fornecedores de hardware. No entanto, esse movimento começa a dar sinais de maturação.

Segundo a Goldman Sachs Research, cresce o interesse por empresas posicionadas em outras fases do ecossistema, especialmente plataformas de IA ligadas a software, bancos de dados e ferramentas de desenvolvimento. Essas companhias tendem a se beneficiar à medida que a adoção corporativa da tecnologia se amplia.

Além disso, os chamados beneficiários da produtividade da IA passam a atrair atenção de investidores com visão de longo prazo, ainda que exista incerteza sobre o ritmo e a magnitude dos ganhos futuros.

Até onde podem chegar os investimentos em 2026?

As projeções para 2026 indicam que os gastos das empresas de IA ainda têm espaço para crescer. Embora o ritmo de expansão deva desacelerar nos próximos trimestres, o histórico recente mostra que as estimativas costumam ser conservadoras.

O capex em IA ainda representa apenas 0,8% do PIB, abaixo de outros ciclos tecnológicos históricos, como o das telecomunicações nos anos 1990. Para alcançar patamares semelhantes, os investimentos precisariam se aproximar de US$ 700 bilhões em 2026.

De acordo com Hammond e sua equipe, “os balanços sólidos dos maiores hiperescaladores — e sua recente disposição em utilizar esses balanços — sustentam a perspectiva de crescimento contínuo dos gastos de capital”, indicando que o ciclo de expansão das empresas de IA pode estar longe do fim.

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