O Governo Central registrou superávit primário de R$ 36,527 bilhões em outubro, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira. O resultado, o quarto maior para o mês na série histórica, foi impulsionado principalmente pelo desempenho do Tesouro Direto, que apresentou superávit de R$ 57,4 bilhões. Já a Previdência anotou déficit de R$ 20,7 bilhões, enquanto o Banco Central encerrou o período com resultado negativo de R$ 152 milhões.
No acumulado de 12 meses, o quadro segue deficitário: o rombo é de R$ 41,9 bilhões, o equivalente a 0,35% do PIB – Produto Interno Bruto.
O mês de outubro também se destacou pelo crescimento do Tesouro Direto em outubro, cujo estoque atingiu R$ 201,0 bilhões — alta de 2,9% frente a setembro (R$ 195,3 bilhões) e salto de 36,7% na comparação anual.
Tesouro Direto em outubro: títulos indexados à inflação continuam liderando estoque
Os títulos indexados à inflação mantiveram a liderança na composição do estoque, respondendo por 50,8% do total. Em seguida vieram os papéis atrelados à Selic (36,7%) e, por fim, os prefixados (12,5%).
A estrutura de vencimentos manteve distribuição concentrada no médio prazo: 12,1% dos títulos vencem em até um ano; 42,9% entre um e cinco anos; 27,3% entre cinco e dez anos; e 17,7% acima de dez anos.
O Tesouro Direto registrou 238.716 novos cadastros em outubro, totalizando 33.766.759 investidores — avanço de 11,7% em 12 meses. O número de investidores ativos cresceu 20,7% no período, alcançando 3.257.794, após a entrada líquida de 47.963 participantes no mês.
Rentabilidades destacam Selic e IPCA
Entre os destaques de desempenho em outubro, os títulos Tesouro Selic 2028 e 2031 registraram variações de 1,26% e 1,24%, respectivamente. Já no acumulado de 12 meses, o Tesouro Educa+ 2026 teve valorização de 8,53%, seguido pelo Tesouro IPCA 2029, com alta de 7,88%.
A receita líquida do Governo Central somou R$ 228,9 bilhões em outubro, alta real de 4,5% na comparação anual. As despesas totais cresceram 9,2%, para R$ 192,4 bilhões. No acumulado do ano, a receita líquida avançou 3,7% (R$ 1,938 trilhão), enquanto a despesa total aumentou 3,3% (R$ 2,0 trilhões).
Leia também:
