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Santander (SANB11) tem trimestre decente, diz BTG Pactual (BPAC11)

Santander (SANB11) tem trimestre decente, diz BTG Pactual (BPAC11)

Em um novo relatório divulgado nesta quinta-feira (25), o BTG Pactual (BPAC11), apontou que o Banco Santander (SANB11) obteve um 3T21 decente, com um lucro líquido de R$ 4,34 bilhões, o que é acima das estimativas da instituição financeira.

A margem financeira com os clientes e a força no mercado foram os principais pontos positivos destacados pelo BPAC11, e de acordo com o banco BTG, o SANB11 conquistou mais de 870 mil clientes no trimestre. O ROE de 22% também foi outro aspecto positivo que contribuiu para impulsionar ainda mais o Santander para o topo da lista em relação aos seus pares.

BTG: Crescimento do crédito pessoal

O grande destaque do SANB11 ficou em relação ao PMEs e ao crédito pessoal. A carteira expandida estimulou a receita com um crescimento de 3% t/t e 13% a/a e o número de clientes progrediu devido a ao maior número de dias úteis, ou seja, o Santander obteve um lucro de 5,4% t/t e 15% a/a.

O avanço do crédito também foi forte, em virtude da venda de uma carteira que estava 100% provisionada. Nesse prisma, a instituição lucrou com a alta de 34% t/t e 50% a/a, algo no entorno de R$ 1,12 bilhão.  No comparativo com o trimestre anterior, o SANB11, recuperou R$ 750 milhões em crédito.

A margem financeira com o mercado foi outro aspecto positivo para a instituição financeira, e segundo o relatório do BTG, o banco obteve um lucro de R$ 2,52 bilhões, com alta de 29% t/t, 33% a/a, ou seja,  26% acima das estimativas. Em resumo, o sucesso nas taxas do Santander estão atrelados ao impulso no IB, corretora e também em cartões de crédito.

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Aumento nas Provisões

Apesar de um aspecto positivo, o BTG Pactual, destacou o mix de crédito, que foi considerado mais arriscado, visto que, as provisões brutas foram impulsionadas e alcançaram o valor de R$ 4,4 bilhões com um aumento de 19% t/t e 40% a/a com as taxas 10%, o que é abaixo das estimativas. Vale destacar, que o SANB11 encontra obstáculos com despesas de provisão para créditos desde o segundo semestre deste ano,  quando o seu custo de risco atingiu 6,8%.

Outro fator negativo foi a inadimplência em 90 dias, que subiu para 2,4%, inclusive, no período de programas de ajuda do governo em relação a pandemia do novo Coronavirus (COVID-19). De acordo com o Banco BTG, o nível é considerado insustentável.

Ainda em relação às altas, estão as linhas de despesas operacionais neste terceiro trimestre. O Santander sofreu e as taxas chegaram à 56% t/t e 89% a/a. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição financeira, o mal momento foi devido as “dores do crescimento”, ou seja, as campanhas de publicidade e marketing.

O OPEX teve um bom desempenho, vale ressaltar, o aumento de 11% no salários dos bancários.

Conclusão do BTG

A margem financeira mais forte foi o principal destaque positivo no terceiro trimestre para o Santander, e no geral, a combinação entre números decentes com um cenário mais difícil com as altas nas taxas de juros e inflação foram os grandes obstáculos do SANB11.  Outro aspecto negativo, destacado pelo BTG,  é a discussão sobre a assimetria regulatória, o que pode prejudicar os novos entrantes e fintechs.

O BPAC11 recomenda uma maior exposição a grandes bancos – como o Itaú e Bradesco, ou a seguradoras como a Porto Seguro que adotaram uma postura mais defensiva, já que o piso de avaliação pode estar mais próximo do crescimento, desta maneira, o banco recomenda cautela ao investir no Santander, com ação no preço alvo de R$ 51.