A alta de quase 3% do petróleo (WTI) nesta quarta-feira (17), a aproximadamente US$ 56,70, revela um cenário positivo no curto prazo para as ações das empresas de petróleo, como a Brava (BRAV3) e a Prio (PRIO3).
O desempenho da commodity tem relação estreita com a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de ordenar o bloqueio de petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela.
“A Venezuela exportou cerca de 600 mil barris de petróleo por dia em novembro. É provável que esses volumes diminuam, considerando os últimos acontecimentos. A maior parte desse petróleo é exportada para a China”, avaliam os estrategistas do banco ING, Warren Patterson e Ewa Manthey, em relatório divulgado a clientes hoje.
Os analistas Vicente Falanga e Ricardo França, do Bradesco BBI, destacam que as sanções devem sustentar o prêmio geopolítico nos preços do petróleo.
“No curto prazo, o bloqueio à Venezuela pode pressionar o mercado de óleo pesado, beneficiando players como PRIO e Brava”, explicam.
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Eles calculam que, uma eventual mudança política e alívio das sanções, poderia elevar a oferta, já que a produção venezuelana (950-1.000 kbpd) segue bem abaixo dos níveis pré-sanções (2.500 kbpd em 2015).
Efeito contrário com o fim das sanções
A consultoria Wood Mackenzie avalia que a possível saída de Nicolás Maduro do poder na Venezuela poderia ter um efeito significativo no mercado de petróleo.
“A indústria petrolífera venezuelana, que atua na exploração e produção de petróleo, precisa urgentemente de mais apoio operacional e financeiro,” afirma Ed Crooks, vice-chair para as Américas na Wood Mackenzie, em um relatório publicado na sexta-feira (5).
Hoje, a produção venezuelana está em torno de 900 mil barris por dia, muito distante dos mais de 3 milhões de barris registrados no início dos anos 2000.
Segundo Crooks, “se as sanções fossem suspensas e esse apoio se tornasse disponível, isso poderia ter um impacto significativo na produção do país, tanto a curto quanto a longo prazo.”
Com gestão mais eficiente e investimentos modestos, a produção poderia voltar aos níveis da metade da década de 2010, cerca de 2 milhões de barris por dia, em um horizonte de um a dois anos. Para ir além, seria necessário um aporte robusto, especialmente na Faixa do Orinoco, onde estão as reservas de óleo pesado.
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