Os analistas da Faria Lima estão empolgados com as estimativas para o Ibovespa em 2026, mesmo este sendo um ano com uma disputa presidencial ainda bastante indefinida. Em um dos casos, as projeções chegam a 265 mil pontos, o que corresponderia a um potencial de valorização de aproximadamente 65%.
“No cenário Bullish, assumimos reformas fiscais estruturais a partir de 2027, incluindo moderação do salário mínimo real, revisões em benefícios trabalhistas, ajustes em pisos constitucionais e redução de isenções tributárias (cerca de 4,5% do PIB)”, ressalta a analista do Santander, Aline de Souza Cardoso.
O cenário base dela, contudo, está em 195 mil pontos. Já o cenário “bearish”, que assume um mix de políticas “mais adverso”, menor crescimento e condições financeiras mais apertadas, o índice “valeria” cerca de 125 mil pontos.
O Santander indica três ações para cada cenário: Bullish (C&A, Localiza e Cyrela); Bearish (Telefônica, Weg e Vale); e “À prova de ciclos” (Eneva, Rede D’or e BTG Pactual).
Para os analistas do BTG Pactual, mesmo após o forte desempenho deste ano, as ações brasileiras permanecem baratas. Ou seja, estão negociadas a 10,6 vezes o múltiplo de preço sonbre lucro futuro de 12 meses, excluindo Petro e Vale (9,1x incluindo-as), entre um desvio padrão abaixo de sua média histórica e a média (11,9x).
O banco projetou três cenários. No primeiro, considerando a queda das taxas reais de juros para 5% e o PIB acelerando para 3%, o índice poderia buscar os 186 mil pontos.
No segundo, assumindo que o resultado das eleições seja positivo, o Ibovespa poderia buscar os 220 mil pontos. Por fim, em um cenário desafiador de contas fiscais desorganizadas e crescimento baixo, o índice poderia buscar os 120 mil pontos.
Já o Safra, em seu cenário-base, o índice encostaria nos 200 mil pontos.
“Acreditamos que a alta do Ibovespa será majoritariamente atribuída a um incremento de 16,4% no lucro (70,7% de nossa projeção) e a uma reprecificação do múltiplo (considerando nossas projeções para lucro) do nível atual de 8,7x para 9,3x no fim de 2026 (múltiplo em linha com nível atual). Essa reprecificação representa um retorno de 6,8% (29,3% de nossa projeção)”, explica o banco em um relatório.
O cenário otimista põe o índice a 254 mil pontos. Por outro lado, o “conservador” derrubaria o benchmark a 136 mil pontos.
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