Os melhores investimentos na bolsa de valores estão condicionados a dois fatores distintos:
de um lado, uma empresa robusta representada por um ativo; e do outro, um investidor que conhece seu próprio perfil e sabe que tipo de papel faz sentido para si.
Sim, muita gente fracassa no mundo os investimentos porque “compra” teses de terceiros, mas que boa parte dos produtos ali recomendados passa longe do seu perfil de investidor.
Por isso, quem pretende acessar o mercado de capitais deve, em regra, efetuar o teste de perfil de investidor para, por meio dele, saber como se posicionar.
Isso porque há três tipos de perfis, sendo o conservador (ou prudente), o moderado (ou equilibrado), e o arrojado (ou sofisticado).
O primeiro diz respeito a quem tem apetite por ganhos certos, ou seja, não gosta de perder dinheiro. Ele busca ativos com menos riscos.
Já o segundo tem um pouquinho mais de predisposição para tomar risco, mas não muito, apenas o suficiente para aditivar marginalmente seus lucros, quando possível.
O terceiro, por sua vez, tem muito apetite a risco e está disposto a buscar sempre o maior resultado possível e, como diz o ditado, quanto maior o risco, maior o retorno.
De fato, para operar no mercado de capitais é preciso ter estômago, pois, considerando que é um segmento de muita complexidade, muitos acabam se perdendo e perdendo dinheiro.
Mas o que é a bolsa?
Quando falamos em bolsa de valores, estamos falando, basicamente, do Ibovespa.
Mas, podemos dizer, ainda, que a bolsa é um ambiente de negociações de valores mobiliários como ações, títulos públicos e commodities.
Via de regra, ela funciona como um mercado organizado para a negociação dos ativos financeiros. O mais popular ativo é a ação (uma pequena parte de uma empresa).
Quem compra uma ação se torna acionista, ou seja, um pequeno sócio do negócio.
Entretanto, além das ações, a bolsa oferece, ainda, os seguintes “produtos”:
- Mercado à vista
- Derivativos listados
- Derivativos de balcão
- Ativos de renda fixa
- Crédito imobiliário
- Financiamento de veículos
Pode-se dizer que a bolsa é como um ponto de encontro entre os investidores que querem vender e os que pretendem comprar os ativos financeiros.
E não apenas isso, mas ela também estabelece as regras de negociações para, assim, assegurar transparência e segurança a quem nela aporta dinheiro.
Desta forma, quando o investidor promove uma operação, a bolsa é a responsável por fazer a compensação, registro e a atualização dos papéis dentro deste ambiente.
Ela também atua como um agente de custódia, ou seja, consiste na guarda centralizada de todas as negociações realizadas, por exemplo, ao comprar um título do Tesouro Direto, a BM&F Bovespa faz a guarda destes papéis em seu nome até a venda ou resgate.
E ainda como um agente de clearing, que faz o gerenciamento dos riscos das operações realizadas pelos investidores. Na prática, quem negocia um minicontrato precisa de garantias e há investimentos que podem servir como garantia, que são estabelecidos pela clearing.
A bolsa de valores pode parecer confusa e complexa. Na prática, é possível entendê-la melhor. Para isso, você deve acompanhar o ritmo de negociações (pregão) diariamente.
Já o índice Ibovespa (IBOV) é uma carteira teórica das ações mais negociadas na bolsa de valores brasileira.
Por conta desta representatividade, ele é considerado como o benchmark da renda variável.
Então, se você quer saber se os seus papéis estão com rendimentos próximos do mercado, basta compará-los em relação a este indicador.
O IBOV é analisado periodicamente. Por isso, as ações que compõe o índice podem mudar, bem como os seus percentuais.
Dá para investir na bolsa como pessoa física?
O mercado de capitais vem se popularizando ao longo dos anos e procurando estar cada vez mais acessível às pessoas físicas (PF).
O cenário atual, inclusive, com a taxa Selic em 13,75% ao ano, favorece esse movimento de pessoas interessadas em, finalmente, fazer o dinheiro render.
Isso porque com os juros básicos da economia em patamares tão altos, muita gente migra da renda variável, como a bolsa, para a renda fixa, como CDBs e afins, mas não perde o interesse pelo mundo corporativo e acaba sempre voltando com mais experiência e mais bem posicionados.
Tanto é assim que entre julho de 2021 e junho de 2022, em um cenário mais favorável à renda fixa, ainda assim ocorreu a entrada de 1,25 milhão de novos investidores na bolsa, fazendo a quantidade de CPFs saltar 40%, de 3,15 milhões para 4,4 milhões de investidores somente na renda variável.
Considerando os últimos anos, então, o salto é ainda mais surpreendente: em 2018, eram 814 mil CPFs e, em dezembro de 2020, foi atingida a marca de 3,2 milhões, representando um aumento de quase 300%.
No primeiro semestre de 2021, esse crescimento foi de 17%, atingindo a marca de 3,8 milhões de contas de investidores PF, sendo 500 mil novas contas no 1º semestre de 2021.
Quanto ao gênero, a participação feminina foi mantida em 25% dos investidores em bolsa.
A faixa etária predominante é entre 25 e 39 anos – estes respondem por 50% das pessoas físicas na bolsa.
As melhores ações do momento
Para quem se interessa exclusivamente por ações, por exemplo, a EQI Research divulgou recentemente sua carteira recomendada para novembro, com Tupy (TUPY3), PetroRio (PRIO3), Simpar (SIMH3), B3 (B3AS3), Itaú (ITUB4), Assaí (ASAI3), SLC Agrícola (SLCE3), Lojas Renner (LREN3), Aliansce Sonae (ALSO3) e Sabesp (SBSP3).
Na comparação com a carteira recomendada de outubro, a carteira de novembro da EQI Research promoveu a substituição de Banco do Brasil (BBAS3) por B3 (B3AS3), Vivara (VIVA3) por lojas Renner (LREN3) e de EzTec (EZTC3) por Aliansce Sonae (ALSO3).
Já para aqueles que tem predileção por commodities, o Head da EQI Research, Luís Fernando Moran, lembra que a bolsa brasileira é forte nessa categoria. De acordo com ele, existem dois setores que, mesmo com uma demanda global enfraquecida, contam com limitações específicas que impedem que o preço caia, como petróleo e agronegócios.
“No caso do petróleo, os preços internacionais tendem a continuar oscilando em um patamar relativamente elevado do ponto de vista histórico. Já as commodities agrícolas, os grãos, de modo geral, são menos elásticos, e contam com componentes que devem limitar a queda de preços como eventos climáticos e geopolíticos”, indica o head.
Para 2023, a indicação é ficar atento ao movimento dos juros. Estudos da EQI Asset no Brasil e na América Latina indicam que o índice da bolsa de valores começa a subir antes que o Banco Central corte os juros – o que, até aqui, está projetado para acontecer a partir de junho. “Quem esperar a queda de juros, pode entrar atrasado nesse movimento”, adverte Stephan Kautz, economista-chefe da gestora.

Quais as opções de investimentos da bolsa?
O principal ativo que as pessoas buscam na bolsa de valores são ações, como já dito, sendo que para efetuar esse tipo de operação, a instituição deve estar inscrita na listagem dos pregões da B3. Os demais são:
- Opções de ações – estes são contratos de compra e venda combinados para o futuro. Por conta disso, são denominados derivativos, ou seja, uma transação que combina um preço para ser vendido ou comprado numa data combinada.
- Contratos futuros – estes funcionam na mesma lógica das opções de ações. No entanto, aqui os contratos são feitos com base em outros produtos do mercado financeiro como as commodities. Alguns dos contratos mais buscados na B3 são: petróleo, café, milho, soja, boi e dólar.
- Fundos de investimento – há quem se interesse por cotas de fundos de investimento. Nos pregões, as cotas também são precificadas de maneira semelhante às ações. Nessas operações, os ativos representam parte do patrimônio do fundo. Aqui entram, também, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) que recebem ganhos em cima da compra, venda e aluguel de imóveis administrados pelo gestor do fundo.
- Fundos de índices (ETF) – que são os“Exchange Traded Funds” (ETFs) ou ativos negociados na bolsa que também representam cotas de um fundo. Também chamados como fundos de índice, pois são referenciados a algum valor econômico (o Ibovespa, por exemplo).
Para investir na bolsa de valores qualquer pessoa pode fazer por iniciativa própria, e de forma independente, mas o mais recomendável é que se busque o apoio de uma gestora ou assessoria de investimentos para, assim, promover um movimento mais assertivo.
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