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Como aumentar a rentabilidade da renda fixa sem se expor a muito risco?

Como aumentar a rentabilidade da renda fixa sem se expor a muito risco?

Com a taxa Selic em alta e a expectativa de que alcance 16,25% ainda este ano, segundo a EQI Asset, o momento é bastante favorável para investimentos em renda fixa. A atratividade desses produtos aumenta, oferecendo retornos mais consistentes e previsíveis, mas também levanta uma questão importante para investidores: como maximizar a rentabilidade da renda fixa sem correr grande risco?

Rodrigo Samaia, especialista da EQI Private, destaca que os produtos de renda fixa se tornaram ainda mais atraentes nesse cenário, mas alerta para a importância de uma análise criteriosa diante da ampla variedade de opções disponíveis. “Nem sempre investir apenas em papéis de altíssimo rating, como AAA, é a melhor estratégia para quem busca maiores retornos com segurança”, afirma Samaia.

Rentabilidade da renda fixa: avaliando o risco

Samaia explica que, antes de escolher os produtos ideais para ter em carteira, é fundamental entender as principais premissas de risco. E três fatores devem ser avaliados:

  1. Título soberano ou corporativo?
    Os títulos públicos, como os do Tesouro Nacional, são geralmente considerados os mais seguros no mercado, especialmente os de curto prazo, com risco de crédito soberano. Já os títulos corporativos, mesmo com rating AAA, envolvem um risco adicional, que pode variar de acordo com o spread de crédito.“Quando os spreads de crédito estão apertados, o momento não favorece a compra de títulos corporativos de alto rating, pois o prêmio que eles oferecem acima dos títulos públicos é muito pequeno”, explica Samaia.
  2. Curto ou longo prazo?
    O horizonte do investimento também influencia o risco e o retorno. Títulos de curto prazo tendem a ser menos arriscados porque estão menos expostos a flutuações econômicas e mudanças de cenário.
  3. Alta ou baixa qualidade de crédito?
    Embora ratings elevados sejam importantes, eles não garantem alta qualidade de crédito. “Vale lembrar que um alto rating não necessariamente significa que o título tem uma estrutura robusta para enfrentar crises”, reforça Samaia.

Rentabilidade da renda fixa: estratégias para maximizá-la com segurança

Para quem busca aumentar a rentabilidade da renda fixa, mas sem abrir mão da segurança, Samaia sugere uma abordagem dinâmica.

Se o objetivo for adquirir apenas títulos de altíssima segurança, ele sugere manter o portfólio concentrado em títulos públicos, enquanto se aguarda um momento mais favorável no mercado de crédito. “Eventos de crédito geralmente ampliam os spreads, criando oportunidades mais atraentes no mercado corporativo”, comenta.

Outra alternativa é investir em fundos de crédito estruturado. Esses fundos, que podem ser abertos ou fechados, oferecem maior diversificação e possuem em sua composição títulos com sólidas garantias, como alienação fiduciária de imóveis ou lavouras. Além disso, os fundos geralmente contam com gestores experientes, que diversificam os riscos e trabalham para recuperar eventuais perdas.

“Adotando uma abordagem de controle de risco e limitando a concentração em cada ativo a 0,5%-3%, é possível alcançar retornos superiores sem comprometer o capital principal. Quando há um default, a perda costuma ser inferior a 0,2% do patrimônio líquido, o que equivale a menos de um mês de rentabilidade para a recuperação”, afirma Samaia.

Oportunidades em momentos de crise

Crises setoriais e eventos de crédito também podem abrir oportunidades interessantes. “Quando um player do setor enfrenta problemas, todos os emissores acabam sendo obrigados a oferecer taxas maiores para captar recursos, independentemente do seu nível de segurança”, aponta Samaia.

Nesses momentos, ele recomenda cautela, mas reforça que crises localizadas podem ser bem aproveitadas por investidores que têm uma abordagem diversificada e seguem uma gestão de risco eficiente.

Conclusão: não basta procurar os papéis AAA

Com a Selic em alta, a renda fixa permanece como uma escolha atrativa para investidores que desejam rentabilidade com previsibilidade. No entanto, maximizar o retorno exige uma estratégia bem estruturada, que vá além da busca por papéis AAA. Diversificação, avaliação de risco e uma abordagem prudente em momentos de crise são fatores-chave para o sucesso.

“Investir com inteligência significa encontrar o equilíbrio entre segurança e retorno. Isso é possível mesmo em cenários desafiadores, desde que o investidor esteja bem assessorado e siga uma estratégia consistente”, conclui Samaia.

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