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Radar corporativo hoje traz Vale, Raízen, Minerva, Marfrig e mais

Radar corporativo hoje traz Vale, Raízen, Minerva, Marfrig e mais

O radar corporativo desta sexta-feira (29) destaca que a Vale (VALE3) não chegou a um consenso com a União e a ANTT sobre a repactuação dos contratos de concessão ferroviária, mas seguirá adimplente e comprometida com suas obrigações.

No setor sucroenergético, a Raízen (RAIZ4) vendeu as usinas Rio Brilhante e Passa Tempo por R$ 1,543 bilhão para a Cocal Agroindústria.

Entre os frigoríficos, a Minerva (BEEF3) e a Marfrig (MRFG3) divergem sobre a validade do contrato da operação no Uruguai: enquanto a Marfrig anunciou a resolução automática, a Minerva contesta e segue aguardando aprovação regulatória no país. A Minerva também aprovou em AGE a redução de capital de R$ 577,3 milhões para absorção de prejuízos, sem cancelamento de ações.

No setor imobiliário, a Lavvi (LAVV3) trocará seu formador de mercado, que passará do BTG Pactual para a Itaú Corretora a partir de 22 de setembro.

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Radar Corporativo: as principais informações das empresa

Confira no radar corporativo a seguir mais detalhes sobre as atualizações das companhias listadas na Bolsa de Valores.

Vale não chega a acordo sobre concessões ferroviárias, mas mantém compromissos

A Vale (VALE3) comunicou que não conseguiu chegar a um consenso com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e com a União, representada pelo Ministério dos Transportes, sobre a repactuação dos contratos de concessão da Estrada de Ferro Carajás e da Estrada de Ferro Vitória a Minas. As tratativas, conduzidas por meio de mediação no Tribunal de Contas da União (TCU), encerraram-se sem acordo dentro do prazo estipulado. Os contratos, no entanto, seguem vigentes, uma vez que já haviam sido prorrogados até 2057 em termos aditivos assinados em 2020.

Apesar do impasse, a mineradora ressaltou que permanece adimplente e comprometida com todas as obrigações previstas nos contratos. A empresa também afirmou que continuará adotando as medidas necessárias para assegurar seus direitos e responsabilidades, reforçando seu compromisso com a continuidade dos serviços. A Vale destacou ainda que segue alinhada às bases gerais estabelecidas no acordo firmado em dezembro de 2024, mantendo diálogo com as autoridades para buscar alternativas de repactuação.

Raízen vende usinas no MS para a Cocal em operação de R$ 1,5 bilhão

A Raízen (RAIZ4) anunciou a venda das usinas Rio Brilhante e Passa Tempo, ambas localizadas no município de Rio Brilhante (MS), para a Cocal Agroindústria. A operação foi avaliada em R$ 1,543 bilhão, sendo R$ 1,325 bilhão referentes aos ativos e R$ 218 milhões correspondentes a investimentos de manutenção realizados neste ano. As duas unidades possuem capacidade instalada de 6 milhões de toneladas por safra, o que reforça a relevância do negócio para a compradora.

Segundo comunicado da empresa, o pagamento será feito à vista na conclusão da transação. A Raízen destacou que a venda está em linha com sua estratégia de otimização do portfólio, simplificação das operações e captura de ganhos de eficiência. A companhia afirmou ainda que seguirá avaliando oportunidades para fortalecer sua posição no setor, priorizando ativos estratégicos e de maior retorno.

Petrorecôncavo conclui programa de recompra de ações

A Petrorecôncavo (RECV3) anunciou o encerramento de seu terceiro programa de recompra de ações, iniciado em fevereiro de 2024. No período, a companhia adquiriu 1,2 milhão de ações ordinárias, ao preço médio de R$ 17,76 por papel — valor aproximadamente 37% superior ao fechamento da véspera.

Segundo a empresa, os papéis recomprados serão utilizados para atender compromissos relacionados a dois programas de incentivo de longo prazo e de retenção de diretores e empregados. A estratégia, de acordo com a Petrorecôncavo, reforça o alinhamento entre a administração, colaboradores e acionistas, buscando engajar o time e sustentar o crescimento da companhia.

Conflito entre Minerva e Marfrig sobre operação no Uruguai

A Minerva (BEEF3) e a Marfrig (MRFG3) entraram em conflito a respeito da venda de ativos no Uruguai. A Marfrig comunicou que as condições suspensivas do contrato firmado em agosto de 2023 não foram cumpridas até o prazo final, levando à resolução automática do acordo, sem obrigatoriedade de conclusão da operação. Pelo contrato, seriam transferidas unidades de abate de bovinos e ovinos para a Athn Foods, controlada da Minerva.

Já a Minerva discorda da posição da Marfrig e sustenta que o contrato continua válido, estando apenas sujeito à aprovação da autoridade concorrencial uruguaia, a Comisión de Promoción y Defensa de la Competencia (COPRODEC). A companhia reforçou que segue engajada no processo de aprovação e que permanece comprometida com a operação. Enquanto isso, as três plantas no Uruguai envolvidas na transação continuam funcionando normalmente.

Minerva reduz capital em R$ 577 milhões para absorver prejuízos

A Minerva (BEEF3) aprovou em assembleia geral extraordinária realizada nesta semana a redução de capital social em R$ 577,3 milhões. A medida tem como objetivo absorver os prejuízos acumulados registrados nas demonstrações financeiras de 2024. A redução foi feita sem cancelamento de ações e sem devolução de recursos aos acionistas, produzindo efeitos imediatos.

Com o ajuste, o capital social da companhia passa de R$ 3,68 bilhões para R$ 3,10 bilhões, dividido em 994,5 milhões de ações ordinárias. Em comunicado, a Minerva destacou que a operação fortalece sua posição patrimonial e garante maior equilíbrio em sua estrutura de capital. A empresa reforçou também o compromisso de manter acionistas e mercado informados sobre o andamento da medida.

Lavvi troca formador de mercado: Itaú assume lugar do BTG Pactual

A Lavvi (LAVV3) informou que, a partir de 22 de setembro, seu formador de mercado será a Itaú Corretora, que substituirá o BTG Pactual. O contrato entre a empresa e a nova instituição tem vigência indeterminada e poderá ser rescindido por qualquer uma das partes mediante aviso prévio de 30 dias. O objetivo da iniciativa é aumentar a liquidez das ações ordinárias da companhia, negociadas sob o código LAVV3 na B3.

Segundo a construtora, atualmente existem 74,2 milhões de ações ordinárias em circulação no mercado. A companhia esclareceu ainda que não há contratos entre a Itaú Corretora e os acionistas controladores que regulem o exercício de voto ou a negociação de papéis. A mudança, segundo a Lavvi, está em linha com sua estratégia de aprimorar a negociação de seus ativos na bolsa.

São Carlos formaliza aditamentos a acordos de acionistas

A São Carlos (SCAR3) anunciou a assinatura de aditamentos ao Acordo de Acionistas e ao Acordo de Acionistas sobre Direito de Voto. As mudanças têm como objetivo refletir transferências de participações ocorridas no bloco de controle e realizar ajustes de atualização necessários. Os documentos foram arquivados na sede da companhia e também disponibilizados nos sites da CVM e da área de Relações com Investidores.

Segundo a empresa, a formalização garante a adequação dos registros societários e reforça a transparência das relações entre os acionistas controladores. A São Carlos afirmou que seguirá à disposição do mercado e de seus investidores para prestar informações adicionais, conforme exigido pela regulamentação vigente.

Paranapanema nomeia novo diretor jurídico

A Paranapanema (PMAM3), maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado e atualmente em recuperação judicial, anunciou a nomeação de Álvaro André Vieira Cunha como novo diretor jurídico. Cunha, que ingressou na empresa em 2020, ocupava até então o cargo de gerente jurídico das áreas Societário e de Relações com Investidores.

O executivo é mestre em Direito dos Negócios pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e possui MBA em Gestão Estratégica pela USP, além de especializações em Direito Tributário e Empresarial. Com mais de 15 anos de experiência em posições de liderança, Cunha atuou em temas de governança corporativa, fusões e aquisições, compliance e mercado de capitais. A nomeação reflete a estratégia da Paranapanema de reforçar sua estrutura administrativa em meio ao processo de reestruturação judicial.