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Cresce interesse dos brasileiros em investimentos no Tesouro Direto

Cresce interesse dos brasileiros em investimentos no Tesouro Direto

Uma das principais opções de renda fixa no mercado brasileiro, os investimentos no Tesouro Direto ultrapassaram em outubro a marca de RS 100 bilhões em títulos nas mãos de pessoas físicas, chegando a R$ 101,2 bilhões, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta semana.

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Em setembro, esse saldo era de R$ 99,9 bilhões em setembro. Segundo o Tesouro, os títulos atrelados a índices de preços, como o Tesouro NTN-B, atrelado ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), respondem pelo maior volume no saldo total de papeis, com 51,6%.

Na sequência, aparecem os títulos indexados à Selic, taxa básica de juros do Banco Central, como a  LFT (Tesouro Selic), com volume de 33% no total de investimentos. Os títulos prefixados, ou seja, com correção determinada no momento da compra, como a LTN, representam a menor parcela, com 15,5% dos investimentos.

A venda de títulos públicos por meio do Tesouro Direto somou R$ 2,8 bilhões, contra resgates da ordem de R$ 2,03 bilhões, o que resultou na emissão líquida de R$ 774 milhões durante o mês.

Ainda segundo o Tesouro Nacional, o número de investidores pessoa física ativos no Tesouro Direto, ou seja, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações, atingiu a marca de 2,1 milhões de pessoas, um aumento de 12.187 investidores apenas durante o mês.

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Selic sem previsão de baixa favorece renda fixa

A Selic foi mantida em 13,75% ao ano no começo de novembro, na última reunião realizada pelo Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. A tendência, segundo o mercado, era de estabilidade durante o primeiro semestre de 2023 e início de queda a partir do mês do ano.

As incertezas fiscais quanto ao início do novo governo, contudo, com a indefinição da escolha que vai cuidar da política econômica e a demora na votação da PEC de Transição, que definirá o quando o governo federal poderá gastar acima do teto de gastos para manter os benefícios sociais, fizeram com que o mercado e próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto, admitam a possiblidade de uma retomada do ciclo de alta no começo do ano.

Com isso, papéis que apresentam um retorno garantido, acabam tendo a preferência dos investidores, já que podem não alcançar as mesmas taxas de uma aplicação de renda variável, como os fundos imobiliários e o mercado de ações, mas apresentam a segurança de uma rentabilidade garantida e da proteção contra as perdas causadas pela inflação.

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