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CRI para aluguel: decisão da CVM deve impulsionar mercado

CRI para aluguel: decisão da CVM deve impulsionar mercado

O mercado de CRI, os Certificados de Recebíveis Imobiliários, deve ganhar um impulso com uma decisão da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que viabilizou e reduziu as exigências para operações de emissão de títulos com o objetivo de pagamento de aluguéis.

A partir de agora, empresas não precisarão mais registrar os contratos de locação nas matrículas dos imóveis antes de realizar a emissão, o que era obrigatório e acabava travando as operações.

  • Leia nosso Dossiê CRI e entenda tudo sobre essa modalidade de investimento

No caso de lojas em shopping centers, por exemplo, o terreno da construção tem uma matrícula unificada, o que tornava impossível fazer esse tipo de registro. A decisão foi tomada a partir de uma demanda de emissão por parte do Itaú BBA, que pediu a dispensa da averbação dos contratos em uma emissão feita a partir de debêntures da Lojas Americanas, administradas pela B2W Digital (AMER3).

O banco alegou que a ausência do registro dos contratos não traria prejuízos aos investidores, o que foi aceito pela área técnica da CVM. Essa emissão deve movimentar até R$ 1 bilhão, segundo estimativas do mercado.

Para analistas do mercado financeiro, a decisão da CVM viabilizará o mercado de CRI para aluguel, já que reduzirá custos, tempo e burocracia para as emissões. Agora, qualquer empresa poderá emitir os papéis, lastreados em contratos de aluguéis.

O grupo de saúde Rede D’Or (RDOR3) levantou R$ 1,14 bilhão com essa modalidade em maio. A Petrobras (PETR3; PETR4) também prepara uma emissão de CRI com arrecadação estimada em até R$ 1,8 bilhão, com lastro em notas comerciais e vencimentos em prazos de 8 a 15 anos.

Entenda o que é um CRI

Um CRI é um título, chamado de Certificado de Recebíveis Imobiliários.

Eles são emitidos a partir de securitizadoras, que são instituições não financeiras com finalidade de comercialização dos papéis.

Até então, eram comumente utilizados por empresas do ramo de imóveis para captação de recursos que possibilitassem realizar investimentos de construção, compra ou reforma de imóveis.

Agora, empresas de qualquer setor podem emitir CRIs.

O dono de um shopping, por exemplo, pode captar recursos com esses títulos para ampliar a estrutura do local sem buscar um empréstimo bancário, e lastreia os títulos a partir dos aluguéis que receberá dos lojistas. E uma empresa como a Petrobras pode emitir CRIs desde que a destinação dos recursos seja para o pagamento de aluguéis.

As operações têm sempre o risco de crédito das empresas embutido e dependem de aval da CVM.

Tratam-se de títulos de renda fixa bastante atraentes no mercado financeiro por sua segurança e por serem isentos de imposto de renda para o investidor. A rentabilidade também costuma ser atraente, já que os papéis costumam oferecer taxas chamativas, acima da Selic e da inflação.

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