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Starlink: serviço de internet de Musk tem crescimento acelerado

Starlink: serviço de internet de Musk tem crescimento acelerado

O serviço de internet via satélite da SpaceX, Starlink, tem registrado um crescimento acelerado e se consolidado como líder no segmento. 

A companhia de Elon Musk deve faturar US$ 16,3 bilhões em 2025, segundo estimativas do Morgan Stanley (MS; $MSBR34), um salto de 74% em relação à receita estimada de US$ 9,3 bilhões em 2024. O número de assinantes também deve quase dobrar, passando de 4,65 milhões para 7,8 milhões.

Apesar da expansão, o avanço internacional da empresa ainda tem alguns obstáculos políticos e regulatórios que colocam em xeque a estratégia global da companhia.

Expansão no mundo e novos mercados

A Starlink já oferece serviço em 118 países e territórios, com a conexão mais recente ativada no Níger. A empresa busca agora licença para operar em países com grande potencial de usuários, como Turquia, Marrocos e Bangladesh. A entrada na Índia também avança, após acordos com os magnatas Mukesh Ambani e Sunil Mittal.

De acordo com o perfil Starlink Statistics, no X, estima-se que, até 16 de abril, a empresa tenha alcançado 5,624 milhões de clientes em todo o mundo. A distribuição aproximada de assinantes por país é:

  • Estados Unidos: 2,3 milhões
  • Canadá: 200 mil
  • Reino Unido: 150 mil
  • Alemanha: 120 mil
  • França: 100 mil
  • Austrália: 80 mil
  • Nova Zelândia: 60 mil
  • Brasil: 50 mil
  • Chile: 40 mil
  • México: 30 mil
Países que mais usam o Starlink
Financial Times

A empresa mira especialmente regiões remotas e menos desenvolvidas, onde a internet via fibra óptica é limitada. O serviço já é utilizado por grandes companhias aéreas como Qatar Airways e Air France, grupos de transporte marítimo como MSC e Maersk, além de operadoras de cruzeiros como Cunard e Carnival.

Apoio e contratos governamentais nos EUA

Cerca de um quarto da receita da Starlink vem de contratos com o governo norte-americano. De acordo com registros oficiais, a SpaceX já fechou 39 acordos com agências dos Estados Unidos, totalizando cerca de US$ 3,5 bilhões. Entre eles, destacam-se contratos militares com o Departamento de Defesa.

A proximidade de Musk com o presidente Donald Trump tem favorecido o acesso a programas federais de infraestrutura digital. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, tem atuado para incluir a Starlink no programa Bead, que destina US$ 42 bilhões à expansão da internet em áreas rurais dos EUA.

Relações políticas geram turbulência internacional

Fora dos Estados Unidos, no entanto, a figura de Elon Musk tem gerado resistências. A proximidade com Trump, os comentários polêmicos no X e atritos com líderes estrangeiros têm ameaçado contratos e autorizações de operação.

Na Itália, um acordo de US$ 1,5 bilhão está em xeque após o governo local reavaliar sua relação com a empresa em meio à suspensão de ajuda militar à Ucrânia por parte dos EUA. No Canadá, a província de Ontário cancelou um contrato de US$ 100 milhões em protesto contra tarifas impostas por Washington.

Na África do Sul, comentários de Musk sobre políticas de ação afirmativa atrapalharam a entrada da Starlink no país. No Brasil, desentendimentos envolvendo o combate à desinformação também ameaçaram a atuação da empresa.

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Dependência ucraniana e tensões com aliados

A Ucrânia se tornou altamente dependente da Starlink durante o conflito com a Rússia, com mais de 40 mil terminais operando em áreas militares e civis. Embora o serviço tenha sido inicialmente custeado pela SpaceX, hoje os pagamentos são assumidos por países como Polônia e pelos EUA, que mantém um contrato de US$ 537 milhões com validade até 2027.

Recentemente, após Musk declarar que “a linha de frente da Ucrânia desmoronaria” sem a Starlink, o ministro das Relações Exteriores da Polônia reagiu dizendo que buscaria alternativas caso a empresa fosse considerada pouco confiável. Musk respondeu com sarcasmo, reforçando que “não há substituto para a Starlink”.

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