A balança comercial de outubro registrou superávit de US$ 6,964 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No acumulado do ano, o saldo positivo chegou a US$ 52,394 bilhões, refletindo o bom desempenho das exportações brasileiras ao longo de 2025.
No mês, as exportações somaram US$ 31,975 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 25,010 bilhões, resultando em uma corrente de comércio — soma das exportações e importações — de US$ 56,986 bilhões. Apenas na quinta semana de outubro, o superávit foi de US$ 2,290 bilhões, com exportações de US$ 7,010 bilhões e importações de US$ 4,720 bilhões.
Na comparação com o mesmo mês de 2024, as exportações cresceram 9,1%, passando de US$ 29,3 bilhões para US$ 31,98 bilhões, enquanto as importações recuaram 0,8%, de US$ 25,21 bilhões para US$ 25,01 bilhões. Com isso, a corrente de comércio de outubro apresentou alta de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Balança comercial de outubro: entre janeiro e outubro, exportações totalizam US$ 289,73 bi
Entre janeiro e outubro de 2025, as exportações totalizaram US$ 289,73 bilhões, um aumento de 1,9% frente aos US$ 284,31 bilhões registrados no mesmo intervalo de 2024. Já as importações somaram US$ 237,34 bilhões, avanço de 7,1% em relação ao ano anterior. A corrente de comércio acumulada chegou a US$ 527,07 bilhões, crescimento de 4,2% em comparação ao mesmo período de 2024.
De acordo com o relatório, as exportações brasileiras registraram avanço expressivo em outubro, impulsionadas principalmente pelo bom desempenho da agropecuária e da indústria extrativa.
Na comparação com outubro de 2024, o setor agropecuário teve crescimento de US$ 1,18 bilhão, alta de 21%, enquanto a indústria extrativa avançou US$ 1,39 bilhão, aumento de 22%. Já a indústria de transformação apresentou variação positiva de US$ 0,13 bilhão, equivalente a 0,7%. O saldo agregado das exportações no mês somou US$ 31,98 bilhões, contra US$ 29,3 bilhões no mesmo período do ano anterior.
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O avanço foi liderado pela agropecuária, com destaque para os embarques de soja, que cresceram 42,7% e adicionaram US$ 860 milhões às exportações do setor. Outros produtos que contribuíram para o bom resultado foram o café não torrado (+16%, +US$ 210 milhões), o milho não moído (+7%, +US$ 90 milhões) e os produtos hortícolas frescos ou refrigerados (+44,1%, +US$ 20 milhões). As sementes oleaginosas, como as de girassol e gergelim, também tiveram alta expressiva de 41,8%, com acréscimo de US$ 20 milhões.
Na indústria extrativa, o minério de ferro e seus concentrados lideraram o crescimento, com aumento de 29,5% e acréscimo de US$ 660 milhões. Em seguida, vieram os minérios de cobre, com salto de 198,5% (+US$ 410 milhões), e os óleos brutos de petróleo, que cresceram 9%, adicionando US$ 330 milhões. O destaque adicional ficou para os minérios de alumínio (+103,1%, +US$ 20 milhões) e outros metais básicos (+23,7%, +US$ 10 milhões).
A indústria de transformação também apresentou ganhos, ainda que em menor ritmo. As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada cresceram 40,9%, com acréscimo de US$ 520 milhões, enquanto o ouro não monetário teve alta de 71,7%, somando US$ 290 milhões. Máquinas e equipamentos especializados para indústrias registraram salto de 487,2% (+US$ 280 milhões), seguidos pelo tabaco processado (+71,8%, +US$ 120 milhões) e por válvulas e torneiras industriais (+176,8%, +US$ 110 milhões).





