A Engie (EGIE3) fará bonificação de ações na proporção de uma nova ação ordinária para cada 2,5 ações já detidas na data-base de 26 de novembro. Isso significa que, para cada 2,5 ações que cada acionistas possui, receberá mais uma. A operação, aprovada pelo Conselho de Administração, resultará em um aumento de capital social de R$ 1,96 bilhão, por meio da capitalização de parte da conta de reserva de retenção de lucros.
Com a operação, o capital social da companhia passará de R$ 4,90 bilhões para R$ 6,86 bilhões, dividido em 1,14 bilhão de ações ordinárias, escriturais e sem valor nominal. Serão emitidas 326,37 milhões de novas ações, que serão creditadas aos acionistas no dia 1º de dezembro de 2025.
A Engie destacou que o objetivo principal da bonificação é readequar os saldos das reservas de lucros aos limites previstos na Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976), além de aumentar a liquidez dos papéis no mercado. A empresa espera que, como efeito técnico da operação, o preço das ações se torne mais acessível a um número maior de investidores.
Engie fará bonificação de ações: confira prazo para formação de lotes
As ações da companhia serão negociadas “ex-direito” à bonificação a partir de 27 de novembro de 2025. As novas ações terão os mesmos direitos das atuais, incluindo o recebimento de proventos declarados a partir de 1º de dezembro de 2025.
Para eventuais frações de ações resultantes da bonificação, será aberto um prazo de 30 dias para que os acionistas possam comprar ou vender frações e formar lotes inteiros. Após esse período, as ações remanescentes serão vendidas em bolsa, e o valor obtido será distribuído proporcionalmente entre os titulares das frações.
O benefício será estendido aos detentores de American Depositary Receipts (ADRs) da Engie, negociados no mercado norte-americano, na mesma proporção aplicada no Brasil. O valor unitário atribuído às ações bonificadas foi fixado em R$ 6,00867880, conforme previsto no artigo 10 da Lei nº 9.249/1995.
Como foi balanço no 3TRI25
Em seu balanço no terceiro trimestre do ano, a companhia registrou lucro líquido de R$ 738 milhões, uma alta de 12,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia somado R$ 658 milhões. O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento da receita operacional líquida e pela expansão das vendas de energia no período.
A receita operacional líquida somou R$ 3,34 bilhões no trimestre, um crescimento de 31,8% em relação ao 3TRI24. O resultado operacional alcançou R$ 1,53 bilhão, com avanço de 10,5% na mesma base de comparação. O Ebitda ajustado totalizou R$ 1,87 bilhão, alta de 12,4% na comparação anual, refletindo melhor desempenho comercial e ganho de eficiência em algumas operações.
Apesar da melhora trimestral, o acumulado de nove meses de 2025 mostrou retração nos lucros. O lucro líquido caiu 33,6% em relação ao mesmo período de 2024, totalizando R$ 2,13 bilhões. O Ebitda no acumulado recuou 14,5%, para R$ 5,8 bilhões, pressionado por menores volumes de geração e efeitos não recorrentes.
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