Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Negócios
Puma vai ser comprada? Ações disparam após notícias, confira

Puma vai ser comprada? Ações disparam após notícias, confira

Interesse de gigantes asiáticas reacende debate sobre o futuro da Puma e movimenta o mercado esportivo global

Os investidores começaram o dia perguntando se a Puma (ETR: PUM) ser comprada era uma possibilidade real. O rumor ganhou força depois de reportagens apontarem que a chinesa Anta Sports (HKG: 2020) avaliava uma oferta, e as ações subiram rapidamente, chegando a avançar mais de 16%.

Captura de tela do Google

O movimento é especialmente marcante porque a empresa acumulava queda superior a 50% no ano e vinha sofrendo com estoques altos e perda de conexão com o consumidor.

O interesse externo reacendeu a discussão sobre o futuro da marca alemã, que enfrenta um mercado esportivo mais competitivo, tarifas que prejudicam a confiança do consumidor e a missão de estancar perdas após atingir o menor valor de mercado em mais de uma década. A Artemis, holding da família Pinault e maior acionista da Puma, com 29%, também entrou no centro das especulações, já que uma eventual negociação dependeria da sua avaliação de preço.

Publicidade
Publicidade

Enquanto isso, a Puma insiste que está passando por uma “redefinição” profunda. O CEO Arthur Hoeld, em sua tentativa de recuperar a marca, afirmou: “No final de julho, declaramos que 2025 seria um ano de reestruturação”. Ele reforçou as medidas em andamento, como cortes de empregos e otimização de custos.

Anta, Li Ning e Asics entram no radar

A movimentação começou com uma publicação da Bloomberg afirmando que a Anta Sports estudava uma aquisição. A partir daí, a possibilidade de ver a Puma comprada por uma gigante asiática ganhou destaque. Para analistas, a entrada da Anta no mercado ocidental por meio da Puma faria sentido estratégico, embora não esteja claro o quanto a companhia ganharia ao incorporar a marca.

Outras empresas também são citadas. A chinesa Li Ning e a japonesa Asics teriam interesse no negócio, mas ambas adotaram cautela pública. A Li Ning declarou: “Até o momento, a empresa não se envolveu em nenhuma negociação ou avaliação substancial em relação à transação mencionada na notícia”.

A Puma, por sua vez, não comenta especulações sobre ser comprada, postura também adotada pela Anta. Mesmo assim, o simples rumor fez o mercado reagir imediatamente e levou as ações a subirem quase 16 por cento na abertura das negociações.

Reestruturação pesada e expectativas incertas

A busca por eficiência e redução de custos está no centro da estratégia da Puma para tentar sair da crise. Arthur Hoeld reforçou esse plano ao afirmar: “Desde então, tomamos medidas importantes para otimizar a distribuição da PUMA, melhorar nossa gestão de caixa e reestruturar nossas despesas operacionais”.

A empresa reconhece desafios importantes, como tarifas americanas, margens pressionadas e a necessidade de recuperar o apelo da marca. A previsão de prejuízo operacional em 2025 mostra o tamanho da pressão interna. Em julho, a Puma revisou suas metas e passou a projetar queda de dois dígitos nas vendas, um registro distante do período de crescimento acelerado durante a pandemia.

A Artemis também é citada como potencial entrave para qualquer negociação. Fontes apontam que as expectativas de avaliação da holding podem impedir uma venda, especialmente considerando o histórico de aquisições estratégicas e o perfil de investimentos da família Pinault.

Concorrentes também sofrem: Adidas e Nike em terreno escorregadio

A crise da Puma e essa ideia de ser comprada não é um caso isolado. O setor esportivo vive um momento de forte instabilidade em 2025, e comparar a situação com Adidas (ETR: ADS) e Nike (NKE; NIKE34) ajuda a entender o cenário.

A Adidas acumula queda de 32%. Em julho, sofreu um tombo de 9% após divulgar receitas abaixo do esperado e alertar para os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Mesmo com lucro operacional em alta, a empresa mantém projeções conservadoras e enfrenta fraco desempenho na China e na Europa. O CEO Bjørn Gulden resumiu o clima: “As tarifas, e principalmente a incerteza, tornam tudo mais difícil agora”.

A Nike também corre contra o relógio. Apesar de divulgar lucro acima do previsto, as vendas caíram 9% no trimestre. A empresa admitiu que os esforços de recuperação devem pressionar os resultados no curto prazo. Ainda assim, conseguiu um pequeno avanço no after hours, mostrando um mercado dividido sobre sua capacidade de reação.

Diante disso, a alta recente da Puma chama ainda mais atenção. Enquanto as rivais acumulam quedas expressivas no ano, o salto repentino das ações reforça como a especulação sobre uma possível compra redesenhou o humor dos investidores.

Puma fecha patrocínio com Fluminense

Mesmo em meio à turbulência financeira, a Puma segue ativa no futebol brasileiro. O Fluminense assinou contrato com a marca para 2026, substituindo a Umbro. O acordo confirma o movimento do clube em direção a uma das três maiores fornecedoras esportivas do mundo.

Para a Puma, o acerto amplia sua presença na Série A. Além do Fluminense, a marca já veste Palmeiras, Bahia e Red Bull Bragantino. A estratégia fortalece o portfólio nacional e reforça sua busca por visibilidade em mercados de alta paixão esportiva.

O negócio, porém, é mantido sob discrição. A marca afirma que “não comenta especulações”, e o anúncio oficial só deve ocorrer após o fim do contrato com a Umbro, que segue válido até dezembro de 2025. Ainda assim, a parceria já movimenta bastidores e alimenta discussões entre torcedores sobre a nova fase do clube e a expansão da Puma no país.

Leia também: