A Neoenergia (NEOE3) divulgou nesta segunda-feira (24) que sua acionista controladora, a espanhola Iberdrola, protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de registro de oferta pública de aquisição de ações (OPA) para comprar até a totalidade das ações ordinárias em circulação da companhia.
A oferta exclui apenas os papéis já detidos pela própria Iberdrola e sua controladora, além das ações eventualmente mantidas em tesouraria.
O que está por trás da operação
Segundo a controladora, a OPA busca simplificar a estrutura corporativa da Neoenergia, permitindo maior flexibilidade na gestão financeira e operacional.
A Iberdrola afirma ainda que a manutenção da companhia como emissora de valores mobiliários categoria “A”, assim como sua presença no Novo Mercado da B3, gera custos elevados, o que justificaria a reorganização desejada.
A Iberdrola ofereceu R$ 32,50 por ação, valor que será atualizado pela variação da taxa Selic a partir de 31 de outubro — data em que a empresa firmou acordo para adquirir as ações da Previ — até a data de liquidação da oferta.
Esse preço será ajustado por eventuais dividendos declarados pela companhia até a conclusão da operação
Na manhã desta segunda, os papéis da Neoenergia estavam sendo negociados a R$ 30,10, no início das negociações, mas após 30 minutos da abertura do pregão na bolsa, os ativos subiam 7,54%, negociados a R$ 32,38.
O valor proposto reflete o preço pago na chamada Aquisição Previ, transação em que a Iberdrola comprou 367,647 milhões de ações da Neoenergia, equivalentes a 30,29% do capital social. Por isso, conforme prevê a Resolução CVM 215, o preço foi considerado “justo”, dispensando a elaboração de um laudo de avaliação independente.
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