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Para o final de semana: um livro sobre a Pixar, para destravar a criatividade

Para o final de semana: um livro sobre a Pixar, para destravar a criatividade

A dica para o final de semana é de leitura e em especial para aqueles que querem destravar a criatividade na vida e nos negócios. “Criatividade S.A.: Superando as forças invisíveis que ficam no caminho da verdadeira inspiração” é um título longo para um livro de fácil leitura e que traz insights valiosos.

Nele, Ed Catmull, que foi CEO da Pixar, conta qual a fórmula por trás de filmes que revolucionaram a indústria da animação, como “Toy Story”, “Monstros S.A.” e “Divertidamente”.

Ele narra as dificuldades e as vitórias não só dos filmes, mas da própria Pixar, que fundou ao lado de Steve Jobs e John Lasseter, nos anos 80.

Alguns pensamentos valiosos compartilhados:

  • uma boa história é a alma de uma animação e a tecnologia nunca deve se sobrepor a ela (vale para outras áreas, certo?);
  • faça questão de ter gente mais inteligente do que você trabalhando junto, para o ambiente ficar propenso às inovações e a empresa obter sucesso;
  • não tenha medo de errar e erre o mais rápido possível – os erros são inevitáveis e quanto antes acontecerem, mais rápido poderão ser consertados.
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Pixar e seu Banco de Cérebros: una as mentes mais criativas

Um ponto bastante explorado no livro é o Banco de Cérebros da Pixar, reunião periódica promovida pela empresa, que Catmull aponta como fundamental para os resultados alcançados. A ideia é reunir de tempos em tempos as melhores cabeças da empresa para trocar ideias e encontrar provocações e sugestões que inspirem.

A grande questão aqui é que os cérebros não são, necessariamente, os líderes. Podem ser qualquer pessoa da empresa, até mesmo um faxineiro, ensina Catmull, desde que seja alguém com raciocínio rápido e com ideias que acrescentem.

“Aqui estão as qualificações necessárias (para o Banco de Cérebros): as pessoas que você escolher devem (a) fazê-lo pensar melhor e (b) apresentar muitas soluções em pouco tempo. Não importa quem elas sejam, o faxineiro ou o estagiário de um subordinado. Se elas puderem ajudá-lo, deverão participar”.

E complementa: “Acredite, você deve querer estar numa empresa em que haja mais franqueza nos corredores do que nas salas onde ideias ou assuntos fundamentais estão sendo expostos. A melhor vacina contra este destino é procurar pessoas dispostas a serem francas com você e, quando encontrá-las, trate de mantê-las por perto”.  

Pixar: Qualidade acima de tudo

Dentre os muitos casos contados no livro, há animações prontas que foram refeitas do zero e outros projetos promissores que foram abandonados no meio do caminho simplesmente porque a qualidade não estava à altura da Pixar.

Diz o autor: “Qualidade é o melhor plano de negócio. A qualidade não é uma consequência de se seguir um determinado conjunto de comportamentos. Ela é um pré-requisito e uma atitude que você deve ter antes de decidir o que está se preparando para fazer. Todos dizem que qualidade é importante, mas devem fazer algo mais que apenas dizer. Devem vivê-la, pensá-la e respirá-la. Quando nossos funcionários afirmaram que só queriam fazer filmes da mais alta qualidade e nos esforçamos até o limite para provar nosso compromisso com esse ideal, a identidade da Pixar estava definida. Seríamos uma empresa que nunca iria se acomodar. Isso não significava que nunca iríamos cometer erros. Eles são parte da criatividade. Mas quando errávamos, nos esforçávamos para enfrentá-los sem cair na defensiva e com disposição para mudar”.

Predisposição para errar e consertar

Ainda sobre os erros, ensina Catmull:

Existe uma maneira rápida para determinar se sua empresa adotou a definição negativa de fracasso. Pergunte a si mesmo o que acontece quando é descoberto um erro. As pessoas se fecham em si mesmas, em vez de se reunirem para descobrir as causas dos problemas que poderiam ser evitados? Está sendo feita esta pergunta: de quem foi a culpa? Nesse caso, sua cultura condena o fracasso. Este já é suficientemente difícil e não precisa ser aumentado com a busca por um bode expiatório”.

Ed Catmull. Foto: Divulgação

Pixar: cuidado genuíno com a equipe

O cuidado com a qualidade de vida da equipe também é ponto de atenção na narração e o autor conta casos em que a Pixar errou e o que fez para ajustar o ritmo na empresa e garantir a produtividade criativa dos funcionários.

Apoiar seus funcionários significa encorajá-los a alcançar um equilíbrio não dizendo simplesmente ‘seja equilibrado’, mas também tornando mais fácil a consecução desse equilíbrio. Liderança também significa prestar muita atenção às dinâmicas em constante mutação no local de trabalho. Por exemplo, quando nossos funcionários mais jovens, os que não têm famílias, trabalham mais horas do que aqueles que têm filhos, devemos ter o cuidado de não comparar a produção desses dois grupos sem levar em conta o contexto. Não estou me referindo somente à saúde dos nossos funcionários, mas à sua produtividade e felicidade no longo prazo. Investir nisso rende dividendos no futuro”, ensina.

Um livro que vale cada linha!

Sobre a Pixar

A Pixar Animation Studios é uma empresa de animação que revolucionou a indústria cinematográfica com suas produções inovadoras e emocionalmente envolventes. Sua história remonta ao início dos anos 1980, quando um grupo de visionários da informática e animadores de computação gráfica se uniu para explorar o potencial da computação gráfica na animação.

Tudo começou com o sucesso de um curta-metragem intitulado “The Adventures of André & Wally B.”, produzido por uma divisão da Lucasfilm chamada Lucasfilm Computer Graphics Project, liderada por Edwin Catmull e Alvy Ray Smith. Este curta foi uma demonstração das capacidades da animação por computador na época.

Em 1986, Steve Jobs, cofundador da Apple (AAPL; AAPL34), comprou a divisão de gráficos da Lucasfilm, transformando-a na Pixar. A empresa começou a desenvolver software de animação, enquanto também explorava o potencial de criar longas-metragens utilizando a computação gráfica.

O primeiro grande sucesso da Pixar veio com o lançamento de “Toy Story”, em 1995, dirigido por John Lasseter. Este foi o primeiro longa-metragem totalmente animado por computador da história do cinema e foi um marco na indústria cinematográfica. “Toy Story” foi seguido por uma série de outros filmes incrivelmente populares, como “Vida de Inseto”, “Monstros S.A.”, “Procurando Nemo”, “Os Incríveis”, “Ratatouille” e muitos outros.

A Pixar se destacou não apenas pela tecnologia inovadora, mas também pela narrativa emocionalmente rica e pelas personagens carismáticas que conseguiram cativar tanto o público infantil quanto adulto. Os filmes da Pixar são conhecidos por explorar temas universais, como amizade, família, coragem e superação, enquanto entregam uma animação visualmente deslumbrante.

Além de seus sucessos de bilheteria, a Pixar também ganhou reconhecimento crítico e vários prêmios, incluindo múltiplos Oscars de Melhor Filme de Animação.

Em 2006, a Pixar foi adquirida pela The Walt Disney Company (DIS; DISB34), mantendo sua identidade criativa e continuando a produzir filmes de sucesso, como “Wall-E”, “Up: Altas Aventuras”, “Divertidamente”, “Viva: A Vida é uma Festa” e “Toy Story 3”.

Ao longo dos anos, a Pixar expandiu suas fronteiras além do cinema, colaborando com parques temáticos da Disney e também produzindo curtas-metragens e séries de televisão.

Você leu sobre o livro Criatividade S.A, que narra a história da Pixar. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e assine a nossa newsletter: receba em seu e-mail, toda manhã, as principais notícias do portal!