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A estratégia da “nova” Riachuelo para buscar as classes A/B

A estratégia da “nova” Riachuelo para buscar as classes A/B

Varejista busca destacar o valor da marca com um rebranding, verticalizar as operações e potencializar a financeira Midway para expandir as margens

A Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, saiu do Investor Day mostrando que está pronta para inaugurar um novo capítulo em sua história. Com branding, foco declarado nas classes A/B, avanço no uso de tecnologia e uma Midway mais protagonista, a companhia detalhou uma estratégia para elevar margens, ganhar relevância nacional e reposicionar a marca como uma varejista de moda mais desejada, moderna e eficiente.

O plano passa por melhorar experiência em loja, acelerar expansão no Sul e Sudeste, refinar o sortimento e explorar sinergias entre varejo e serviços financeiros — movimentos que, juntos, dão forma à “nova” Riachuelo que a empresa pretende construir nos próximos anos.

O BTG Pactual (BPAC11) reforçou sua visão construtiva para a Riachuelo, após o Investor Day realizado em São Paulo. Segundo o banco, a combinação entre forte valor de marca, produção verticalmente integrada e o avanço da Midway como plataforma financeira protagonista sustenta a tese de que a companhia está entrando em um novo ciclo de crescimento sustentado, com espaço para expansão de margens e resultados mais previsíveis. 

Por isso, o BTG reiterou a recomendação de compra, com as ações negociadas a um P/L estimado de 9x para 2026.

Rebranding e nova identidade reforçam aposta em público A/B e presença nacional

Durante o evento, a administração apresentou a nova identidade visual da Riachuelo, reposicionando a marca para reforçar apelo de moda, modernidade e proximidade com consumidores de maior poder aquisitivo. Segundo pesquisas internas, a preferência pela marca aumentou 2 pontos percentuais, enquanto a aceitação entre os consumidores das classes A e B avançou 7 p.p. nos últimos anos.

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A estratégia é sustentada por investimentos em comunicação, desenvolvimento de produtos e ajustes no portfólio para capturar tendências de moda com maior velocidade e assertividade. A Riachuelo também destacou o uso crescente de inteligência artificial para prever demanda, reduzir perdas, diminuir descontos e sustentar preços mais eficientes, o que já se traduz em margens brutas mais saudáveis.

Outro pilar é a expansão nacional: embora seja uma marca nascida no Nordeste, a companhia mira agora uma ampliação relevante no Sul e Sudeste, regiões de maior renda e maior potencial de gasto. O plano prevê a abertura de 150 a 200 lojas nos próximos anos, sendo 15 inaugurações já em 2026. Reformas de lojas estratégicas também fazem parte do plano; o exemplo citado pela companhia foi o Shopping Vitória, cuja ampliação de 500 m² resultou em alta superior a 25% nas vendas.

A empresa também anunciou seu novo ticker na B3, que passará a ser RIAA3 a partir de fevereiro de 2026, reforçando a estratégia de rebranding e reposicionamento.

Mais eficiência e produtividade com verticalização, novos clusters e automação

A Guararapes dedicou parte relevante do Investor Day para detalhar como a estrutura produtiva verticalizada, que já diferencia a Riachuelo no varejo brasileiro, será usada como alavanca para aumentar margens, melhorar o nível de serviço e responder com mais rapidez às tendências.

Atualmente, mais de 40 milhões de peças anuais são fabricadas internamente, representando 33% do total vendido e 50% da linha de vestuário. Os itens produzidos pela fábrica carregam margem bruta 6 a 8 pontos percentuais maior que fornecedores terceirizados.

A companhia também implementou um modelo avançado de clusterização de lojas, que ajusta mix, sortimento e estratégia comercial conforme tamanho, localização, perfil de renda e clima de cada região. Com esses movimentos, a companhia espera entregar um SSS (vendas nas mesmas lojas) próximo a 10% nos próximos anos no negócio de vestuário.

Além disso, a Guararapes anunciou para 2027 um novo centro de automação no CD de São Paulo, que deve multiplicar por seis a produtividade, ampliar a capacidade em 50% e reduzir prazos de entrega — pontos considerados essenciais para sustentar margens e competitividade no e-commerce, que deve alcançar 20% a 25% das vendas totais.

Midway deixa de ser apoio e vira protagonista: crédito, fidelidade e monetização

Outro destaque foi a guinada na estratégia da Midway, que passa a ter papel central na geração de receita e retorno para o grupo. Hoje com 34 milhões de cartões emitidos e R$ 6,2 bilhões em carteira de crédito, a plataforma ainda detém participação pequena no mercado de cartões e crédito ao consumidor, o que abre grande espaço para expansão.

Os próximos passos incluem:

  • novos modelos de concessão de crédito baseados em machine learning e IA;
  • entrada no mercado de crédito consignado, inclusive no setor privado;
  • aumento da recorrência de compras via programa de fidelidade;
  • ampliação do ecossistema financeiro para clientes que ainda não possuem cartão.

A administração também indicou estar avaliando venda de ativos não essenciais, como o Midway Mall, o que reforça a disciplina de capital e aumenta o potencial de retorno aos acionistas. O BTG considera esse movimento relevante para destravar valor e apoiar dividendos futuros.

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Tese do BTG: marca forte, verticalização e fintech integrada sustentam um “novo ciclo”

Ao final do relatório, o BTG sintetiza sua visão: a Guararapes reúne elementos raros no varejo brasileiro — marca forte, produção verticalizada e uma das maiores plataformas fintech do setor. Esse conjunto, segundo o banco, coloca a companhia em uma posição favorável para atravessar um novo ciclo de crescimento, expandir margens e ganhar participação de mercado.

Diante disso, o BTG reitera recomendação de compra, ressaltando que a ação negocia a múltiplos ainda atrativos frente ao potencial de valorização e à melhora estrutural apresentada no Investor Day.

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