A JBS ($JBSS3) anunciou nesta segunda-feira (24) mais um avanço no processo de dupla listagem da companhia.
A empresa protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) os pedidos de registro de emissor estrangeiro e de programa de BDRs Nível II, além de ter solicitado à B3 ($B3SA3) a admissão de seus BDRs para negociação. Os pedidos agora estão sob análise dos órgãos reguladores, e a JBS afirmou que manterá o mercado informado sobre os próximos passos.
A dupla listagem permitirá que a JBS seja negociada simultaneamente na B3, no Brasil, e em uma bolsa internacional, aumentando o acesso de investidores internacionais às suas ações e fortalecendo sua liquidez no mercado de capitais.
Acordo com BNDESPar prevê remuneração condicional
Em paralelo ao avanço no processo regulatório, a JBS também firmou um acordo com a BNDES Participações (BNDESPar), sua maior acionista minoritária, detentora de 20,8% do capital social da companhia.
O contrato estabelece um mecanismo de remuneração eventual de até R$ 500 milhões à BNDESPar, caso a dupla listagem seja concluída até 31 de dezembro de 2026.
O acordo busca proteger a instituição financeira de uma eventual desvalorização das ações da JBS após a listagem no exterior. Além disso, como parte do compromisso, a BNDESPar se comprometeu a não exercer seu direito de voto na assembleia geral extraordinária que decidirá sobre a proposta, deixando a decisão final nas mãos dos demais acionistas minoritários.
A JBS ressaltou que o contrato firmado com a BNDESPar não altera os termos já divulgados sobre a dupla listagem em comunicados anteriores. A companhia reforçou seu compromisso com o cumprimento de todas as obrigações regulatórias e destacou que a estratégia faz parte de seu plano de expansão global.
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O que é a dupla listagem?
A proposta de dupla listagem foi apresentada pela JBS em 2023 e tem como objetivo registrar suas ações em uma bolsa de valores estrangeira, além da B3, no Brasil. A estratégia visa ampliar o acesso da empresa a investidores institucionais e de varejo, aumentando sua capacidade de captação de recursos para crescimento e expansão.
Para viabilizar a operação, a JBS utilizará a JBS N.V., uma subsidiária registrada na Holanda, como veículo para a listagem no exterior. O modelo segue um movimento adotado por outras grandes companhias globais que buscam maior visibilidade e liquidez no mercado financeiro internacional.
A expectativa é de que a dupla listagem da JBS seja implementada até o final de 2025, conforme planejamento da empresa.
A decisão final, no entanto, dependerá da aprovação dos acionistas e da análise dos reguladores brasileiros e estrangeiros.
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