A Eneva (ENEV3) é a ação mais negociada do pregão desta quarta-feira (3) após o BTG Pactual (BPAC11) recomendar a entrada do papel em sua carteira de dezembro, substituindo o Itaú (ITUB4).
A movimentação do banco de investimentos provocou forte repercussão no mercado e colocou os papéis da geradora de energia entre os destaques do dia na B3.
BTG realiza lucros em Itaú e abre espaço para novo gatilho de valorização
O BTG divulgou sua lista de 10 ações mais atrativas para dezembro, reforçando a visão de que a Bolsa brasileira segue descontada mesmo após o avanço expressivo de 2025. Entre as mudanças, chamou atenção a retirada do Itaú — ação que compôs a carteira por vários meses e entregou forte retorno: alta de quase 55% no ano, segundo dados do Google Finance.
Para o banco, a saída de ITUB4 representa uma realização de lucros e a abertura de espaço para um papel com maior assimetria de valorização daqui para frente. O escolhido foi a Eneva, do setor de geração de energia, que já acumula valorização de 115% em 2025, mais que dobrando o capital dos investidores posicionados desde janeiro.
Exposição ao leilão de capacidade de 2026 impulsiona recomendação
Segundo o BTG, a inclusão de Eneva com peso de 10% na carteira tem motivo claro: exposição ao segundo leilão de capacidade energética, previsto para março de 2026. O evento deve recontratar usinas térmicas com contratos próximos do vencimento — ou já expirados — além de contratar nova capacidade.
As projeções do banco indicam que tanto o preço máximo quanto a demanda devem ser favoráveis para novos projetos. Se confirmado, o resultado pode representar um VPL relevante e elevar o preço-alvo da companhia, destravando valor ao longo do próximo ano.
“Estar posicionado agora significa comprar uma ação com potencial de ganho expressivo pagando menos por ela”, afirma o BTG no relatório.
Mercado reage e Eneva lidera negociações
Com a recomendação, o papel se tornou o mais negociado do dia, refletindo o forte interesse dos investidores na tese apresentada pelo banco. O movimento também ocorre em um momento de melhora das expectativas para 2026, ano em que o BTG projeta queda da taxa Selic para uma média de 13,1%, aliviando o custo financeiro de empresas mais alavancadas.
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Apesar do rali do Ibovespa em 2025, o BTG reforça que o mercado brasileiro ainda opera com desconto: o índice negocia a 10,4 vezes o lucro projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica.
Com juros mais baixos à frente, o banco espera melhora gradual do lucro corporativo, resultados mais sólidos em 2026 e potencial valorização adicional das ações. Por isso, divulgou gratuitamente sua lista completa de recomendações para quem busca começar o próximo ano “com o pé direito”.






