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Grupo Casas Bahia (VIIA3) tem aporte abaixo do esperado, com follow-on a R$ 0,80

Grupo Casas Bahia (VIIA3) tem aporte abaixo do esperado, com follow-on a R$ 0,80

Para pagar parte das dívidas, o Grupo Casas Bahia (VIIA3), ex-Via, precificou o preço de suas ações em oferta subsequente (follow-on) a R$ 0,80. Com isso, a empresa obteve um aporte de R$ 622,91 milhões em seu caixa. Apesar do montante ser considerável, ele ainda ficou aquém das expectativas da companhia. 

A informação foi divulgada em fato relevante na manhã desta quinta-feira (14).

Conforme comunicado pela empresa, metade desse valor, ou seja, R$ 0,40 por ação, será direcionado para a conta de capital social, totalizando R$ 311,45 milhões em aumento do capital social. Os outros R$ 0,40 restantes serão alocados na formação de reserva de capital, especificamente na conta de ágio na subscrição de ações, também somando R$ 311,45 milhões destinados à reserva de capital.

Em função do aumento do capital social da empresa, o novo valor do Grupo Casas Bahia será de R$ 5,44 bilhões dividido em 2,37 bilhões de ações.

Além disso, o Grupo Casas Bahia também aprovou o efetivo aumento de capital da companhia, dentro do limite de seu capital autorizado, mediante a emissão de 778,64 milhões de novas ações.

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No pregão de ontem, as ações VIIA3 tiveram uma queda de 5,13%, atingindo o preço de R$ 1,11. Em 2023, os ativos do Grupo Casas Bahia apresentam uma desvalorização de 51,95%, com uma forte tendência de baixa desde junho.

Grupo Casas Bahia: acionistas participam da oferta e posição vendida dos investidores

O jornal Valor Econômico informou que os principais acionistas da antiga Via, incluindo Michael Klein, filho do fundador das Casas Bahia, participaram da oferta prioritária para evitar a diluição das ações. 

Segundo o jornal, o Grupo Casas Bahia está negociando com seus credores um reperfilamento de seus vencimentos, e com o progresso das conversas, uma oferta já teria sido preparada para a empresa, o que seria fundamental para ajustar o balanço.

Nesse contexto de endividamento, a reportagem do Valor destacou que muitos investidores mantinham uma posição vendida em relação ao Grupo Casas Bahia, o que indica que estavam apostando na queda das ações. 

Segundo uma fonte do jornal, esse movimento era esperado, dado que havia expectativas em relação a uma oferta da antiga Via, que precisava ajustar seu balanço. Portanto, os investidores estavam inclinados a tomar posições de venda nessa operação.

Apesar das expectativas de queda, a fonte também mencionou que o discurso de turnaround do novo presidente do Grupo Casas Bahia, Renato Franklin, ex-executivo da Movida (MOVI3), durante um roadshow com investidores, conseguiu convencer alguns a participar do follow-on. Contudo, para atender a essa demanda, a empresa teria que apresentar um pedido de desconto no preço das ações.

No prospecto da oferta, a empresa enfatizou que os recursos provenientes da transação serão inteiramente direcionados para melhorar sua estrutura de capital, incluindo investimentos em cotas subordinadas de Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) relacionadas à sua carteira de financiamentos. Isso permitirá à empresa iniciar uma mudança em sua gestão de crédito, que atualmente é financiada por meio de empréstimos bancários.

Na prática, o banco antecipa todos os pagamentos parcelados realizados pelos consumidores e repassa o valor à varejista, cobrando juros pelo serviço. Atualmente, o saldo dessa linha de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é de R$ 5,3 bilhões, e, de acordo com a empresa, a manutenção dessa linha implica na utilização significativa de seu limite de crédito junto às instituições financeiras.

Os coordenadores da oferta do Grupo Casas Bahia incluíram UBS BB (BBAS3) como coordenador líder, juntamente com Bradesco BBI (BBDC4), BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA (ITUB4) e Santander (SANB11).