O mercado de energia no país vem mudando, impulsionado por uma maior conscientização ESG (governança ambiental, social e corporativa) e pela busca de modelos mais sustentáveis e menos custosos aos consumidores.
A geração distribuída de energia é um dos principais avanços recentes no setor e consiste em um modelo descentralizado de geração e distribuição de energia.
Via geração distribuída, é possível gerar energia no local de consumo ou próximo a ele, através da exploração de geradores de pequeno porte.
A geração distribuída faz um contraponto ao modelo tradicional de distribuição de energia, centralizado, que usa grande usinas hidrelétricas e termelétricas, distantes dos centros consumidores, que exige que o transporte da eletricidade seja feito por meio de linhas de transmissão de longas distâncias.
A geração distribuída vem sendo amplamente adotada no Brasil, com o avanço das usinas solares e eólicas, como meio de produzir energia mais limpa e reduzir custos ao consumidor final.
No Brasil, a economia avança para um modelo em que haverá uma mescla entre geração centralizada e distribuída, o que significa que tanto pessoas físicas quanto jurídicas terão a oportunidade de se tornarem micro ou minigeradores de energia.
Outra possibilidade é aproveitar os descontos oferecidos a quem não deseja fazer grandes investimentos em equipamentos de captação de energia, mas adere às possibilidades de distribuição novas. Confira.
Tipos de geração distribuída de energia
A geração distribuída pode ser para:
- Autoconsumo: também chamada de geração junto à carga, essa modalidade consiste em consumir a energia no mesmo local em que ela é produzida, caso da energia solar residencial, e exige investimento em equipamentos.
- Autoconsumo remoto: o gerador fotovoltaico pode ser instalado em um local diferente da unidade consumidora. Para tanto, é necessário que todos os imóveis estejam sob a mesma titularidade e localizados dentro da mesma área de concessão. Também exige investimento em equipamento.
- Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras: consiste em um conjunto de unidades consumidoras que estejam na mesma propriedade ou propriedades próximas. Assim, essa modalidade pode ser aplicada em condomínios residenciais, prédios comerciais e shoppings.
- Geração compartilhada: essa geração pode ser compartilhada entre dois ou mais consumidores. É possível fazer o compartilhamento por meio de consórcio, cooperativa, condomínio civil voluntário ou qualquer outra forma de associação civil, podendo ser compostas por pessoas físicas ou jurídicas. Este tipo de geração distribuída é muito comum quando se tem fazendas solares, com amplos espaços para instalação dos painéis.
Exemplo de geração compartilhada: conta 15% mais barata para pessoas físicas
A distribuidora Matrix, parceira da EQI Investimentos no oferecimento de adesão ao Mercado Livre de Energia deve, dentro de mais ou menos 30 dias, passar a oferecer aos pequenos consumidores de determinadas localidades contratos de adesão à geração compartilhada.
“A oferta se restringirá, obviamente, às localidades em que a comercializadora possui Sociedade de Propósito Específico (SPE) de energia, e para aderir, o pequeno consumidor deverá apenas assinar um contrato, que garantirá uma média de 15% de desconto na conta atual de energia”, explica Alexandre Viotto, co-head de Banking da EQI Investimentos e responsável pela área de energia da empresa.
“O desconto será menor do que para aqueles que optam por adquirir painéis de captação de luz solar. Mas, em contraponto, não será necessário o investimento em estudo de viabilidade, compra e instalação dos equipamentos”, complementa Viotto.
Só para se ter um parâmetro, estudos apontam que o investimento em painéis solares se justificam em aproximadamente 7 a 10 anos, ao passo que os contratos de geração compartilhada viabilizarão descontos na conta de energia, sem a necessidade de qualquer investimento.

Geração distribuída x Mercado Livre de Energia
A alternativa descentralizada de geração e distribuição de energia é interessante para os consumidores e, com a opção de geração compartilhada, poderá atingir especialmente os de baixo consumo.
Já para os consumidores de alta tensão, a alternativa aos altos investimentos em painéis solares se dá através do Mercado Livre de Energia.
O Mercado Livre de Energia oferece aos grandes consumidores de energia a oportunidade de adquirir energia de forma mais flexível, negociando diretamente com os fornecedores e tendo maior controle sobre os preços e a fonte de geração.
Ele é um ambiente de negociação em que consumidores e geradores de energia elétrica podem realizar transações diretas, sem a necessidade de estarem vinculados exclusivamente às distribuidoras de energia.
Nesse mercado, os consumidores têm a possibilidade de escolher seu fornecedor de energia, avaliar preço e a quantidade de energia a ser adquirida, bem como a fonte de geração.
Tradicionalmente, no modelo regulado, a energia elétrica é negociada pelas distribuidoras, que são responsáveis por adquirir a energia dos geradores e distribuí-la aos consumidores. Os preços e as condições de fornecimento são estabelecidos pela regulamentação do setor, revisões tarifárias e sistema de bandeiras e repassados mensalmente aos consumidores.
Já no Mercado Livre de Energia, há uma maior flexibilidade e liberdade de escolha.
Grandes consumidores, como indústrias, comércios e empresas de grande porte, enquadrados na média ou alta tensão (Grupo A), têm a possibilidade de aderir a esse mercado e negociar diretamente com os geradores ou comercializadoras de energia.
Uma das principais vantagens do Mercado Livre de Energia é a oportunidade de conseguir preços mais competitivos, já que os consumidores podem negociar contratos de longo prazo e buscar fornecedores com valores mais atrativos. Além disso, há a possibilidade de utilizar fontes de energia mais sustentáveis e alinhadas com os objetivos ambientais da empresa.
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