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Fundadores da Tok&Stock insistem na compra da Mobly (MBLY3) após recusa

Fundadores da Tok&Stock insistem na compra da Mobly (MBLY3) após recusa

A novela envolvendo a tentativa da família Dubrule de adquirir a Mobly ($MBLY3) ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (10). Os fundadores da Tok&Stok enviaram uma nova correspondência reiterando seu interesse em realizar uma oferta pública de aquisição (OPA) para obter o controle da companhia. 

A manifestação ocorre após a administração da Mobly recusar uma proposta inicial apresentada no fim de fevereiro, que previa a compra de até 100% das ações da empresa ao valor de R$ 0,68 por papel.

Mobly x Família Dubrule: Contexto da disputa

A tentativa de aquisição se dá em meio a um histórico conturbado entre os Dubrule e a Mobly. Em agosto de 2024, a Mobly e a Tok&Stok anunciaram uma fusão intermediada pelo fundo SPX, então principal acionista da Tok&Stok. 

Apesar do negócio, a família Dubrule contestou a operação, alegando irregularidades na negociação.

Os Dubrule afirmam que a venda da Tok&Stok foi conduzida sem transparência e tentaram retomar o controle da empresa por meio de uma capitalização de R$ 210 milhões, que acabou não sendo viabilizada. Desde então, os fundadores travam uma disputa com a atual administração e buscam formas de reaver o controle da companhia.

Recusa da oferta inicial

A primeira oferta dos Dubrule foi recebida pela Mobly durante o Carnaval e previa a compra da totalidade das ações ao preço de R$ 0,68 por unidade. A administração da empresa rejeitou a proposta, argumentando que o valor oferecido representava um desconto expressivo em relação ao valor de mercado e ao patrimonial da companhia.

Segundo a Mobly, o montante sugerido era 51% inferior à cotação de fechamento do pregão de 28 de fevereiro (R$ 1,39) e 82% menor do que o valor patrimonial registrado em setembro de 2024 (R$ 3,87). Além disso, o CEO da empresa, Victor Noda, criticou a falta de justificativa para um desconto tão agressivo e afirmou que nunca houve uma oferta similar no mercado brasileiro.

Diante disso, acionistas que representam 40% do capital da Mobly manifestaram oposição à OPA, incluindo fundos brasileiros como SPX e Exploritas. Sem o apoio desses investidores, a família Dubrule dificilmente conseguiria atingir os 69% necessários para retomar o controle da companhia.

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Nova tentativa dos Dubrule

Agora, os investidores reforçaram sua intenção de realizar a OPA, mas reduziram o número mínimo de ações para a aceitação da oferta para 61,381 milhões, o equivalente a 50% + 1 do capital da Mobly. 

Na nova correspondência enviada à empresa, os Dubrule justificaram a manutenção do desconto no preço das ações devido à baixa liquidez dos papéis e aos problemas financeiros enfrentados pela Mobly, que acumula um endividamento superior a R$ 600 milhões e ainda não obteve lucro desde seu IPO.

Além disso, os investidores pressionaram a administração da Mobly a tomar medidas para viabilizar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com o objetivo de reformar o estatuto da empresa. Caso isso não ocorra, alertaram que os gestores poderão ser responsabilizados pessoalmente.

Por enquanto, a administração da Mobly não se pronunciou sobre a nova proposta, limitando-se a afirmar que continuará atualizando o mercado sobre os desdobramentos da situação. 

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