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Daniel Goldberg: Da advocacia pro mercado financeiro

Daniel Goldberg: Da advocacia pro mercado financeiro

Nem todo bom gestor sonhava em ser referência no mercado financeiro quando criança ou adolescente. Esse é o caso de Daniel Goldberg, da Farallon Latin America.

Se hoje ele é reconhecido como um dos responsáveis pelo enorme sucesso da empresa, na qual ocupa o cargo de sócio-diretor, no início da vida profissional a estrada a seguir quase foi diferente. 

Saiba mais sobre a história de Daniel Goldberg até sua chegada a Farrallon Latin America.

Daniel Goldberg: o começo

Daniel Goldberg nasceu em 1976 e, com 22 anos, se formou em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). O diploma de bacharel e a formação como advogado, no entanto, só serviram para enfeitar a parede do quarto, por assim dizer. A paixão de Daniel era mesmo o mercado financeiro.

Para não dizer que a formação não serviu para nada, vamos fazer justiça (com o perdão do trocadilho). O bacharelado foi o responsável por Daniel Goldberg exercer o cargo de Secretário de Direito Econômico no Ministério da Justiça entre 2003 e 2007.

De lá, no entanto, o diploma ficou engavetado, e a história do gestor que hoje é responsável pela Fallaron Latin America mudou de rumo. 

Antes de falar disso, no entanto, vale dizer que a carreira acadêmica do especialista em mercado financeiro tem ainda também um doutorado em Filosofia e Direito Econômico pela própria USP e uma extensão na área do direito pela Harvard Law School. Nada mal, né?

Daniel Goldberg: enfim, o mercado financeiro

A caminhada de Daniel Goldberg no mercado financeiro teve início em 2007, ano em que assumiu o posto de chefe de investimentos da Morgan Stanley no Brasil. Antes de deixar a instituição em 2011, chegou a ocupar o cargo de presidente da Morgan Stanley no País.

Depois desta experiência, iniciou a caminhada com as próprias pernas, criando a FKG Capital, empresa especializada em gerir fundos de hedge. Foi nessa época que teve início o relacionamento que acabaria em casamento com a Fallaron Capital.

A empresa comprou 25% da FKG e, dois anos depois, adquiriu a porcentagem restante. Nessa segunda rodada de negociações, Daniel Goldberg se tornou um dos sócios da gestora na América Latina.

Daniel Goldberg dá “aula” sobre a bolsa no Brasil

Daniel Goldberg comentou, em uma entrevista para o Money Times, o porquê, em sua visão, as bolsas ao redor do mundo batem recordes positivos e, no Brasil, o Ibovespa insiste em patinar.

De acordo com o ex-presidente do Morgan Stanley no País, a culpa é da política fiscal brasileira. Ele comentou que o Brasil “dá trabalho, mas tem coisas interessantes para se fazer”.

“Sou como um patologista. Invisto em disfuncionalidades. Neste aspecto, o Brasil é um dos três mercados mais interessantes do mundo para se investir hoje. Não tem outro país que respeite a regra da lei, transparente e que tenha escala, tão bagunçado como o Brasil, e que atenda a estas três condições”.

Daniel Goldberg e Farallon: o casamento perfeito

O valor da venda da FKG não é conhecido pelo mercado, mas certamente impulsionou os negócios da empresa, que hoje tem mais de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 110 bilhões) sob sua gestão.

O portfólio criado com a junção da FKG e da Farallon ampliou o leque englobando aportes em três empresas no Brasil e cinco no Peru, além de ações de empresas listadas em bolsas, como é o caso da Copa Airlines, do Panamá.

E a chave do sucesso de Daniel Goldberg, caso alguém esteja se perguntando, pode ser resumida em uma única palavra: risco.

Segundo o próprio gestor da Farallon, ele busca investimentos em locais considerados perigosos por outros gestores. Para Daniel Goldberg, isso pode ser classificado como “investimento exótico”.

Bons exemplos estão em empresas de mídia, energia e mineração que fazem parte da carteira do gestor, que também faz parte do quadro de diretores do Nubank

Foi sem medo de perder que ele trocou o Direito pelo mercado financeiro. E parece ter acertado nessa arriscada decisão, não acham?

Daniel Goldberg deixa o Farallon para abrir gestora própria

Conforme noticiado pela imprensa, Daniel Goldberg deixou a Farallon Capital, onde permaneceu por 10 anos no comando da operação na América Latina, em dezembro de 2021.

De acordo com informações divulgadas à época, o motivo foi a abertura de sua própria gestora de recursos. Seu sucessor na Farallon foi Antenor Camargo, considerado seu braço direito. 

Goldberg foi o responsável por montar a operação na América Latina e fez da gestora um dos mais bem sucedidos cases. À época do anúncio de sua saída, o Farallon era considerado um dos maiores hedges funds do mundo, com R$ 35 bilhões sob gestão. 

O que faz a Farallon?

A Farallon busca investimentos em todas as classes de ativos e em todo o mundo por meio de um processo de pesquisa e análise fundamental “bottom-up”, enfatizando a preservação do capital. 

As estratégias de investimento incluem Investimentos de Crédito, Long/Short Equity, Arbitragem de Fusão, Arbitragem de Risco, Investimentos Imobiliários e Investimentos Diretos. 

As ideias de investimento competem por capital com base na avaliação crítica e aprofundada de riscos e recompensas específicas.

O risco é monitorado e gerenciado por meio de uma análise rigorosa e completa de cada investimento e, no nível do portfólio, por meio de análise de gerenciamento de risco e cobertura de risco de sobreposição e cauda.