A segunda etapa da transação entre o BRB (Banco de Brasília) e o Banco Master está marcada para a próxima segunda-feira (7), quando os presidentes das duas instituições, Paulo Henrique Costa e Daniel Vorcaro, se reunirão para definir quais ativos integrarão o acordo de incorporação.
A informação foi divulgada pela coluna de Lauro Jardim, do O Globo, que destacou ainda o interesse do BTG Pactual ($BPAC11) nos ativos excluídos da negociação.
Segundo a Reuters, o Banco Master já negocia com o BTG a venda de ativos remanescentes após o fechamento do acordo com o BRB. As fontes citadas pela agência indicam que os ativos em discussão incluem precatórios e participações em private equity, com valor estimado entre R$ 15 bilhões e R$ 23 bilhões.
A proposta do BTG pode abranger todos ou parte desses ativos, mas, em nota, o banco afirmou que “nenhuma proposta foi feita”, ressaltando que “analisa oportunidades de consolidação que agreguem valor aos acionistas”.
O Master, que não comentou o assunto, também busca garantir financiamento internacional para suas operações, segundo uma das fontes. Paralelamente, reduziu os rendimentos de novos CDBs desde quarta-feira, alinhando-os à média do mercado após a venda ao BRB ($BSLI4).
Detalhes do acordo BRB-Master
Anunciado na última sexta-feira (28), o acordo prevê a aquisição de 58% do capital total do Banco Master pelo BRB (controlado pelo governo do Distrito Federal) por até R$ 2 bilhões — equivalente a 75% do patrimônio líquido do Master, ajustado por avaliações da PwC.
A transação, sujeita à aprovação do Banco Central e do CADE, inclui 49% das ações ordinárias e todas as preferenciais.
O pagamento será feito em três etapas: 50% à vista, até 50% retidos em conta escrow para cobrir eventuais indenizações, e o restante após dois anos.
A incorporação visa expandir a atuação do BRB, que hoje tem R$ 61 bilhões em ativos, em segmentos como crédito imobiliário, agronegócio e serviços digitais, aproveitando a expertise do Master em cartões consignados e câmbio.
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Estrutura pós-fusão e estratégia
Após a conclusão, BRB e Master operarão sob a mesma marca, mas com estruturas independentes. O BRB integrará o conselho e a diretoria do Master, influenciando decisões estratégias. O Will Bank, banco digital do Grupo Master, permanecerá no conglomerado.
A transação ocorre em meio a maior fiscalização sobre o modelo do Master, que cresceu com emissão de títulos de alta rentabilidade. O banco defende-se, afirmando que atua dentro das regras e que críticas refletem incômodo com seu crescimento em um mercado concentrado.
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