A ADNOC, petrolífera estatal de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, desistiu de comprar a empresa petroquímica brasileira Braskem ($BRKM5).
Segundo uma nota divulgada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Novonor, anteriormente conhecida como Odebrecht, informou que a ADNOC não tem interesse em continuar o processo de análise e negociações sobre uma potencial transação entre as companhias.
Em setembro do ano passado, a ADNOC fez uma proposta para comprar uma participação da Novonor, permitindo que a empresa mantivesse uma fatia menor da companhia. Além disso, seria formada uma joint-venture com a Petrobras ($PETR3; $PETR4), cada uma detendo 50% de participação na Braskem.
Contudo, dois meses depois, a ADNOC enviou uma nova proposta, com um valor de R$ 10,5 bilhões. Essa oferta apresentou melhores condições em relação à oferta anterior, feita em conjunto com a gestora americana Apollo.
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Quem é a ADNOC?
A ADNOC, ou Abu Dhabi National Oil Company, é uma empresa estatal fundada em 1971. Atualmente, a companhia tem buscado diversificar seus negócios e investir em projetos de energia limpa, ao mesmo tempo em que tenta manter sua posição no mercado internacional de petróleo.
A companhia está focada em energia renovável, hidrogênio limpo, captura e armazenamento de carbono (CCS), bem como na expansão internacional em gás natural – considerado o combustível de transição energética – e venda externa de gás natural liquefeito (GNL), além de produtos químicos.
Com isso, a empresa busca ampliar suas parcerias internacionais e aumentar sua participação no exterior, visando capturar oportunidades de fornecer energias de baixa intensidade de carbono e impulsionar o desenvolvimento e a produção de novas fontes.
Recentemente, a ADNOC e a National Central Cooling Company PJSC (Tabreed) anunciaram um projeto de aproveitamento da energia geotérmica na região do Golfo Pérsico. O projeto visa descarbonizar o resfriamento dos edifícios na cidade de Masdar, na região de Abu Dhabi, ampliar o mix energético do país e apoiar a Estratégia Energética Nacional 2050, que busca aumentar a capacidade de energia renovável dos Emirados Árabes para 14 gigawatts (GW) em capacidade instalada até 2030.
A sede social da companhia fica em Abu Dhabi, um importante centro comercial do emirado. Seu fundador é o xeque Zayed bin Sultan al Nahyan, que comandou o governo central dos Emirados Árabes por três décadas e ajudou a organizar o país, uma união de vários estados – ou emirados. Antes dele, seu pai foi o governante do país.
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