A Alliança Saúde (AARL3) desmentiu os rumores de que estaria em conversas para uma possível fusão com a Dasa (DASA3).
A empresa divulgou uma nota para esclarecer as especulações na mídia de que Nelson Tanure, o controlador do Grupo Alliança, teria se encontrado com a Dasa para explorar possíveis sinergias entre as duas empresas de saúde.
Foi também divulgado que Tanure estaria em negociações para adquirir o controle da Dasa, por meio de um aumento de capital de R$ 4 bilhões, financiado pelo banco Master e com a contribuição da Oncoclínicas.
Em resposta a essas informações, a Alliança Saúde esclareceu que não está envolvida em qualquer negociação para uma possível operação com a Dasa ou fusão de negócios.
A administração da empresa também informou que questionou seus acionistas controladores sobre o assunto dos rumores. Os acionistas controladores confirmaram que houve uma abordagem inicial aos acionistas controladores da Dasa para avaliar potenciais sinergias e oportunidades de negócios.
No entanto, no momento atual, não há qualquer decisão ou definição sobre a continuidade das negociações.
Fusão Alliança Saúde e Dasa
Na semana passada, o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, publicou, em seu blog, que Tanure teria contratado João Doria, ex-governador de São Paulo, para intermediar a fusão entre a Aliança Saúde e a Dasa.
Segundo Amado, Tanure teria preparado uma oferta de R$ 3 bilhões para a operação. No entanto, a família Godoy Bueno recusou a primeira oferta.
Ontem (10), a Dasa divulgou uma nota confirmando que recebeu uma uma proposta de aumento de capital em dinheiro, sem alterar a aquisição de controle da empresa, e uma possível combinação de negócios entre as partes.
Contudo, a empresa dos Godoy Bueno afirmou que ainda não há qualquer decisão da administração da empresa.
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Dasa deve se fundir com a Amil
A Dasa confirmou que as negociações para uma possível fusão com a Amil estão progredindo. As companhias estão considerando a união de seus hospitais, que incluem marcas prestigiosas como Nove de Julho, Samaritano, PróCardíaco, Santa Paula, Leforte, entre outras.
Segundo informações do Valor Econômico nesta segunda-feira (10), as empresas concordaram que tanto a Dasa quanto a Amil teriam 50% do capital da Ímpar, uma empresa de hospitais da Dasa que incorporaria hospitais da Rede Américas, pertencente à Amil.
O jornal também sugeriu a possibilidade de essa nova empresa ser listada na B3 ($B3SA3). No entanto, inicialmente, a Ímpar continuará como parte da Dasa.
Isso implicaria uma transferência de, no mínimo, R$ 3 bilhões da dívida da Dasa para a Ímpar, sendo R$ 3,85 bilhões o valor atualmente em discussão.
De acordo com um comunicado da empresa de saúde, os hospitais da Rede Américas localizados no Ceará e Rio Grande do Norte e os hospitais verticalizados da Amil não estariam incluídos nessa transação. Isso contradiz o que foi relatado pelo Valor. Portanto, 12 e não 15 hospitais da Dasa estariam envolvidos na transação.
Com a fusão de negócios, a nova empresa teria aproximadamente 4,5 mil leitos de internação, a maioria localizada em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O grupo também possui unidades em São Luiz, Salvador, Maringá (PR) e Recife. No entanto, a participação de mercado da nova empresa não excederia 20%.