A Dasa (DASA3) confirmou que as negociações para uma fusão com a Amil estão em estágio avançado. As empresas estão avaliando unir seus hospitais, que incluem marcas renomadas como Nove de Julho, Samaritano, PróCardíaco, Santa Paula, Leforte, entre outras.
O Valor Econômico informou nesta segunda-feira (10) que as empresas concordaram que a Dasa e a Amil teriam direito a 50% do capital da Ímpar, uma empresa de hospitais da Dasa que receberia hospitais da Rede Américas, a Amil.
O jornal também aponta a possibilidade de essa nova empresa ser listada na B3 ($B3SA3). No entanto, inicialmente, a Ímpar permanecerá como parte da Dasa.
Com isso, haveria uma transferência de, pelo menos, R$ 3 bilhões da dívida da Dasa para a Ímpar, sendo R$ 3,85 bilhões o valor atualmente discutido.
Segundo uma nota da empresa de saúde, os hospitais da Rede Américas localizados no Ceará e Rio Grande do Norte e os hospitais verticalizados da Amil não fariam parte dessa transação. Contrariamente ao que foi relatado pelo Valor. Logo, 12 e não 15 hospitais da Dasa fariam parte da transação.
Com a fusão de negócios, a nova empresa teria cerca de 4,5 mil leitos de internação, a maioria concentrada em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O grupo também tem unidades em São Luiz, Salvador, Maringá (PR) e Recife. No entanto, a participação de mercado da nova empresa não ultrapassaria 20%.
A empresa se estabeleceria como o segundo maior grupo do setor hospitalar (posição já ocupada pela Dasa). A líder do setor continua sendo a Rede D’Or, com 11,7 mil leitos em 13 estados.
“A companhia não pode garantir neste momento que tal negociação será concluída ou que os termos finais da transação estarão de acordo com as negociações atualmente em curso”, complementa a Dasa.
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Dasa e Aliança: a fusão entre as empresas não foi descartada
Na mesma nota em que a Dasa confirma as negociações avançadas com a Amil, a empresa da família Godoy Bueno confirmou o rumor da oferta do empresário Nelson Tanure de combinar os negócios da Dasa com a Aliança Saúde (AALR3).
O jornalista Guilherme Amado informou que Tanure teria contratado João Doria, ex-governador de São Paulo, para preparar a oferta. O jornalista afirmou, em seu blog no Metrópoles, que uma oferta de R$ 3 bilhões para a operação foi negada. No entanto, ainda há expectativa de que Tanure formule uma nova proposta.
Além da oferta de fusão de negócios, a Dasa relata que recebeu uma proposta de aumento de capital em dinheiro, sem alterar a aquisição de controle da empresa.
Apesar disso, a empresa dos Godoy Bueno afirma que ainda não há qualquer decisão da administração da empresa.