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Money Week: entenda o cenário econômico atual do Brasil e do mundo

Money Week: entenda o cenário econômico atual do Brasil e do mundo

Money Week, evento de educação financeira e finanças, promovido pela EQI Investimentos, aconteceu presencialmente na sexta-feira (2), em Balneário Camboriú, Santa Catarina.

No palco EQI Talks, um dos três em que aconteceram simultaneamente diversas palestras, o economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, recebeu Daniel Weeks, economista-chefe da Safra Asset, e Rafaela Vitória, diretora de Economic Research & Market Relations do Inter, para debater sobre o cenário macroeconômico atual no Brasil e no mundo.

Money Week: eleições americanas após saída de Biden

O primeiro ponto abordado no painel foi o cenário das eleições americanas após a desistência de Joe Biden. No dia 21 de julho, o atual presidente surpreendeu ao anunciar que não concorreria à reeleição em 2024, após semanas de pressão para que o democrata de 81 anos desistisse da disputa contra o ex-presidente Donald Trump.

A indicação de Kamala Harris para disputar as eleições contra Donald Trump no dia 5 de novembro foi aprovada nesta sexta-feira (2) pelo Partido Democrata. Após o anúncio, Kamala Harris agradeceu em seu perfil na rede social X.

Ao iniciar o assunto, Rafaela relembrou que o cenário internacional atual apresenta novos desafios, aumentando a incerteza no mercado, especialmente em relação ao risco. Ela também destacou que ambos os candidatos têm um viés expansionista, o que representa um problema a ser resolvido.

Sobre os desafios para o novo presidente, a diretora ressaltou que o principal será lidar com a desaceleração da economia, apesar da perspectiva de cortes de juros nos EUA no futuro.

Weeks complementou, afirmando que continua apostando em um soft landing, “apesar de um mercado um pouco mais arriscado”, e acredita que, embora a economia esteja desacelerando, isso está ocorrendo de maneira saudável.

Juros nos Estados Unidos

No dia 26 de julho, o Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) apresentou alta de 0,1% em junho, segundo dados divulgados pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). O núcleo da inflação nos EUA, medido pelo PCE e que exclui preços voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% no período, ante alta de 0,1% em maio.

Vale lembrar que o núcleo do PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve, banco central norte-americano, para suas decisões de política monetária.

O resultado veio em linha com o esperado, refletindo que a inflação de serviços continua resistente. No entanto, isso não é um fenômeno isolado dos Estados Unidos, mas ocorre no mundo todo. O economista-chefe da Safra Asset ressalta que, nos últimos meses, a parte de serviços da inflação apresentou uma melhora. Embora ainda esteja rodando em um nível mais alto do que a inflação de bens, está controlada em sua visão.

Corte de juros

Na última decisão, o FOMC, comitê de política monetária dos Estados Unidos, decidiu manter os juros no intervalo entre 5,25% e 5,50%. A decisão, tomada de forma unânime, foi anunciada pelo Federal Reserve (Fed).

Apesar disso, Vitória destacou que, de maneira geral, o cenário atual no mundo desenvolvido favorece juros baixos. Ela também ressaltou que “eventualmente, os Estados Unidos precisarão enfrentar a questão fiscal e passarão por um ajuste, mesmo que de forma gradual.

Cenário do câmbio no Brasil

Ao ser questionada sobre o cenário cambial no Brasil, a diretora do Inter observou que o câmbio brasileiro foi mais desfavorável em comparação com seus pares. No entanto, segundo ela, “com o superávit acima dos pares, temos fundamentos favoráveis para o cenário futuro.

Um dos aspectos positivos para o Brasil é o impacto dos cortes de juros nos Estados Unidos. Juros mais baixos nos EUA podem criar espaço para cortes mais significativos na taxa de juros brasileira.

Weeks também avalia que “os juros no Brasil parecem altos, mas não são tão elevados quanto parecem.” Segundo ele, apesar da impressão, em um país com o risco fiscal do Brasil, a taxa não é tão elevada assim.

Antes da pandemia, a taxa de juros havia caído durante um período de reformas, como a reforma trabalhista. Naquela época, apesar da redução do diferencial de juros, o câmbio também estava em uma situação desfavorável“, explica.

Pode ir além?

Segundo ele, um câmbio de R$5,70 começa a reequilibrar as contas. Em setembro, com o corte de juros nos Estados Unidos à vista, o câmbio deve melhorar.

dólar hoje fechou na última sexta-feira (2) fechou com queda de 0,45%, a R$ 5,7092. No acumulado da semana, a alta foi de 0,91%.

Expectativas de inflação no Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, aumentou de 4,1% para 4,12% para este ano. A estimativa consta no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (5), uma pesquisa semanal do Banco Central (BC) que reúne as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro do intervalo de tolerância definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que estabelece uma meta de 3% para este ano, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Assim, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

Segundo Vitória, uma inflação próxima de 4% é tolerável para a nossa economia, mas é alta em relação à meta do Banco Central. Ela ressalta que o gasto fiscal é um dos principais problemas econômicos e que o corte de aproximadamente R$15 bilhões anunciado pelo governo é insuficiente diante da queda na arrecadação.

Sua projeção para a inflação em 2024 é de 4,20% a 4,30%, com uma preocupação maior com a inflação de serviços. O economista-chefe da Safra Asset compartilha a mesma perspectiva, prevendo uma inflação de 4,2% para este ano, e considera a possibilidade de o Banco Central aumentar a Selic devido à crescente preocupação com os dados do IPCA.

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