Os Fundos de Investimento são uma opção para o investidor que está em busca de diversificação e de gestão profissional dos ativos.
Para falar sobre os Fundos de Investimento e seus riscos e benefícios, a Money Week reuniu Dani Colombo, CMO da Fatos Capital e influenciadora de investimentos; Victor Uebe, gestor da EQI Asset e head da EQI Tech; e Sergio Schirato, CEO da Daemon Investments.
Fundos: profissionalização do investimento
Uma das principais vantagens dos Fundos de Investimentos é oferecer ao investidor a comodidade e a segurança de contar com a expertise de uma equipe profissional que dedica 100% de seu tempo a analisar os melhores ativos para compor uma carteira.
“Investir em fundo é delegar para um especialista a função de alocar seu capital. Você consegue adequar o investimento às suas necessidades e contar com a expertise de um especialista”, afirma Victor Uebe, da EQI Asset.
E complementa: “O especialista consegue ter retorno pela dedicação e pelos conhecimentos técnicos que possui, que estão acima dos conhecimentos do investidor comum. Eu sempre brinco que não vou extrair um dente em casa. Eu não faço nada que eu não domine sem consultar um especialista”, compara.
“O especialista tem muito mais capacidade de analisar e pesquisar sobre um tema do que a média da população. Com o fundo, a gente gera um nível de especialização que é muito difícil para o investidor comum alcançar”, complementa Sergio Schirato, da Daemon.
Fundos de investimento: acesso a diferentes mercados
A classe dos Fundos de Investimentos é bastante ampla e inclui desde renda fixa, ações, commodities, mercados futuros, multiestratégia (que investe em diversos ativos), até os fundos que investem em participações em empresas cujo capital não é aberto em bolsa de valores.
Assim, apontam os especialistas, outra função dos fundos é ser porta de entrada a mercados que não seriam acessíveis à grande maioria dos investidores.
“Via Fundos de Investimento, o investidor tem o benefício de acessar mercados com mais eficiência e acessar mercados que ele não conseguiria entrar de outra forma”, aponta Sergio.
Diversificação via Fundos de Investimento
Outra vantagem dos Fundos de Investimento é a possibilidade de diversificar investimentos. Mas, como orientam os convidados da Money Week, é preciso ter atenção a uma palavra bastante usada no mercado financeiro: descorrelação.
“Quando a gente fala em portfólio, a gente precisa falar de diversificação. A gente não coloca todos os ovos na mesma cesta. Diversificar é trazer para o seu portfolio investimentos descorrelacionados entre si. Isso quer dizer que a origem do retorno desses ativos tem que estar descorrelacionada. Se você tiver 10 fundos multimercados, todos pesadamente posicionados em juros, o teu risco está concentrado em juros, então você não está diversificado”, ensina Sergio. “Diversificação tem que ser uma obsessão para o investidor”, completa.
Uebe reforça que a diversificação, inclusive, poupa o investidor do estresse de ficar se posicionando baseado no noticiário. Isso porque, muito provavelmente, o investidor estará sempre atrasado no movimento, tentando adivinhar o chamado market timing. “Você acaba não fazendo o básico, que é comprar barato e vender caro o ativo. Já com a diversificação, você ganha dinheiro no longo prazo, sem ter os sobressaltos dos ciclos econômicos”, recomenda.
Como escolher o melhor fundo de investimento
Mas como descobrir qual dos fundos é o melhor para cada investidor? Neste ponto, Uebe lembra da importância de contar com uma assessoria de investimentos, que possa identificar as necessidades do investidor, levando em conta momento de vida, perfil de risco e necessidade de liquidez.
Para ele, o investidor precisa sempre observar também sua aderência ao fundo e ao gestor. Como cliente, é preciso fazer algumas perguntas fundamentais, como, por exemplo: historicamente, como o gestor se comporta? Ele alcança boa rentabilidade? O gestor investe o próprio dinheiro nos ativos que seleciona? Você concorda com a linha de raciocínio do gestor e entende minimamente o que ele diz? Desta forma, recomenda, é mais garantido que o fundo atenda às expectativas.
“Que o gestor consiga ganhar dinheiro é o ponto de partida da escolha. Mas, sabemos que performance passada não é garantia de performance futura. No entanto, se, historicamente, um fundo tem uma perda abrupta e demora a se recuperar, ou se os movimentos são sempre muito abruptos, então você percebe que a estratégia tem um nível de risco muito alto. E será que você tem aderência a isso? Se tiver, ok, mas se não tiver, você vai ter uma experiência muito ruim”, pondera.
Depois de conferir os principais insights sobre riscos e benefícios dos Fundos de Investimento, não deixe de conferir o restante da programação da Money Week!
