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PIB fraco pode influenciar decisão do Copom, avalia economista-chefe da EQI

PIB fraco pode influenciar decisão do Copom, avalia economista-chefe da EQI

Stephan Kautz afirma que fraqueza do PIB brasileiro e incertezas externas aumentam a atenção sobre a comunicação do Copom na próxima reunião

O desempenho econômico brasileiro no terceiro trimestre reacendeu o debate sobre os próximos passos da política monetária. O PIB fraco pode influenciar o Copom, afirma o economista-chefe da EQI Investimentos, Stephan Kautz, ao analisar o cenário nacional e internacional às vésperas da reunião do comitê.

Segundo Kautz, os Estados Unidos ainda exibem dados “mistos” após o período de shutdown. Ele explica que, por um lado, “os ISMs mostraram uma piora no mercado de trabalho”; por outro, os pedidos de auxílio-desemprego vieram nos níveis mais baixos dos últimos quase dez anos.

A inflação também reforça esse quadro de incerteza. O economista lembra que o PCE manteve uma alta moderada, entre 0,20% e 0,30%, mas ainda baseada em dados de setembro.

“A gente não vai ter os dados divulgados relativos a outubro, então também é uma falta de informação adicional”, afirmou. Mesmo assim, o mercado segue precificando mais um corte de 0,25 ponto percentual nos juros pelo Federal Reserve na próxima semana.

Indicadores nacionais reforçam pressão sobre o Copom

No Brasil, o retrato é de fraqueza. O PIB do terceiro trimestre cresceu apenas 0,1%, exatamente em linha com a projeção da EQI. “Muito fraco, próximo de zero”, resumiu Kautz.

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O consumo das famílias também ficou praticamente estagnado, enquanto o investimento só avançou devido a um efeito pontual. “Apesar de ter subido, teve um efeito específico de plataformas. Fora isso, também teria sido bem fraco”, disse.

Esses números, segundo ele, são um insumo importante para o Copom. “Nesta reunião, a comunicação vai ser mais importante do que a decisão de juros em si”, afirmou o economista.

No campo fiscal, Kautz destaca ainda a aprovação de mais uma flexibilização pelo Congresso, válida para 2025. A medida reduz em cerca de R$ 10 bilhões a meta fiscal de 2026 ao retirar gastos dos Correios do cálculo. “O Congresso aprovou mais uma flexibilização na política fiscal”, observou.

Com indicadores fracos no Brasil e incertezas persistentes no exterior, o mercado monitora de perto como o Copom irá calibrar sua mensagem na próxima reunião.

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