A Copasa (CSMG3) dispara mais de 5% nesta segunda-feira (8) após avanço no processo de renovação da concessão da companhia em Belo Horizonte (MG), um dos principais mercados da empresa de abastecimento e saneamento.
Com isso, as ações da companhia mineira, de um ano para cá, têm valorização de mais de 113% e nos últimos seis meses, a valorização foi de aproximadamente 85%.
A companhia firmou com o município de Belo Horizonte um Instrumento de Acordo que abre caminho para a celebração de um novo termo aditivo aos contratos de prestação de serviços de saneamento na capital mineira.
O documento estabelece bases para a continuidade dos serviços e para o reequilíbrio econômico-financeiro da operação, em conformidade com a Lei Federal nº 11.445/2007 e com as diretrizes do Novo Marco Legal do Saneamento.
Copasa: acordo reconhece necessidade de extensão da concessão até 2073
Segundo a companhia, o acordo reconhece a necessidade de estender o prazo da concessão no município até 7 de fevereiro de 2073. A ampliação tem como objetivo garantir a modicidade tarifária — mantendo a tarifa única aplicada aos consumidores — e uniformizar os prazos contratuais dentro do Sistema Copasa.
O instrumento firmado também determina que as partes celebrem um novo aditivo contratual, que detalhará as obrigações assumidas e os compromissos operacionais e financeiros relacionados à prestação dos serviços de água e esgoto em Belo Horizonte.
A Copasa afirmou que o acordo representa mais um passo no processo de modernização e estabilidade regulatória do setor.
Mais cedo, a Ágora Investimentos divulgou relatório no qual mantém recomendação Neutra para Copasa, mas destaca que as próximas semanas devem trazer gatilhos relevantes para a tese de investimento da companhia.
Entre os gatilhos citados pela casa de análise, estão a votação do projeto de privatização, o anúncio da revisão tarifária de dezembro — que deve incorporar ajustes regulatórios — e a assinatura do novo contrato com Belo Horizonte.
Para a Ágora, a extensão da concessão e as mudanças regulatórias previstas reforçam o potencial de criação de valor no processo de privatização projetado para o primeiro trimestre de 2026, especialmente pela possibilidade de ganhos de eficiência operacional e melhoria no retorno regulatório.
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