A indústria de criptografia pode finalmente encerrar mais um “capítulo de escândalos” por ora, após o acordo histórico fechado entre a Binance e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, segundo o CEO da Coinbase, Brian Armstrong.
A Binance foi atingida pelo Departamento de Justiça dos EUA com um acordo de US$ 4 bilhões na semana passada, que viu seu fundador e CEO, Changpeng Zhao, renunciar e se declarar culpado de acusações de violações de lavagem de dinheiro.
O governo norte-americano acusou a corretora de violar a Lei de Sigilo Bancário dos EUA e de violar sanções ao Irã.
Armstrong, da maior concorrente da Coinbase, rejeitou a ideia de que a criptografia é usada principalmente para más intenções – como fraude, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo – casos que tem sido comuns entre usuários dessas empresas financeiras. O executivo apontou, no entanto, que alguns nomes do setor foram coniventes, referindo-se ao caso da Binance, assim como FTX e seu fundador, Sam Bankman-Fried.
“É verdade que houve certa atividade ilícita na criptografia, mas menos de 1% do que vimos. Se você observar os usos ilícitos do dinheiro, muitas vezes é mais do que isso”, disse à CNBC.
Binance segue com números robustos, diz novo CEO
Por outro lado, o novo CEO da Binance, Richard Teng, admitiu que a empresa teve problemas de compliance no passado, mas que nunca houve dúvidas sobre a segurança do dinheiro dos clientes.
“Enquanto indústria, exigimos mais foco do que nunca na colaboração com os legisladores. Só então poderemos contribuir eficazmente para o desenvolvimento de um arcabouço regulatório globalmente harmonizado que promova a inovação, e proporcionando ao mesmo tempo proteção aos consumidores”, disse.
Teng disse que a Binance continua a operar a maior corretora de criptomoedas do mundo em volume, e tem uma estrutura de capital livre de dívidas. Apesar das baixas taxas de transação, o CEO afirmou que a empresa segue com receitas e lucros robustos.