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Vale apresenta resposta de ex-conselheiro que detonou processo de sucessão na empresa

Vale apresenta resposta de ex-conselheiro que detonou processo de sucessão na empresa

A Vale (VALE3) divulgou um comunicado esclarecendo a renúncia de José Luciano Duarte Penido, ex-membro do Conselho de Administração da empresa. Segundo a nota, Penido esclareceu que sua renúncia não tinha como objetivo apontar irregularidades no processo de definição do presidente da companhia.

Para a Vale, Penido afirmou que, em sua opinião, o processo vem sendo conduzido pelo Conselho de Administração em conformidade com a lei, o estatuto social, o regime interno e as políticas corporativas da companhia. Ele ressaltou que sua intenção era apenas expor as razões pessoais que motivaram sua renúncia.

Ele relatou que discordou da decisão da maioria do Conselho de abrir o processo de sucessão do presidente da companhia na reunião de 8 de março. Apesar de respeitar as decisões colegiadas do Conselho, em sua opinião, a melhor decisão teria sido a recondução do atual presidente para um novo mandato, a fim de preservar a continuidade da gestão e dos projetos em curso.

Penido mencionou que, ao citar a existência de vazamentos, manipulações, influências políticas e conflitos em sua carta de renúncia, estava se referindo ao que tomou conhecimento por meio das notícias veiculadas nos principais meios de comunicação do país a respeito do processo de definição do presidente da companhia.

A Vale esclareceu que as declarações de Penido estão sendo examinadas no âmbito da apuração que segue sendo conduzida pelo Chief Compliance Officer da Companhia.

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Vale: entenda o caso

No início de março, Penido ao seu cargo de conselheiro da Vale com uma carta de renúncia em que tinha várias críticas ao processo de sucessão da mineradora. O conteúdo da carta foi divulgado pelo jornal Valor Econômico.

Penido afirma que, embora respeite a decisão do conselho, critica a forma como o processo está sendo gerido. Ele sugere que o conselho está manipulando o processo e que não está atendendo aos interesses da Vale. De acordo com Penido, o conselho está sob “influência política evidente e prejudicial”.

O ex-conselheiro expressa sua insatisfação com a crise de sucessão da Vale, que foi marcada por tentativas de intervenção do governo federal, como a pressão para nomear o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, e por movimentos empresariais nos bastidores.

Em outro trecho da carta divulgada pelo Valor, Penido cita: “No conselho, formou-se uma maioria consolidada por interesses específicos de alguns acionistas representados lá, alguns com agendas muito pessoais e outros com conflitos de interesse evidentes. O processo tem sido operado por vazamentos frequentes, detalhados e tendenciosos à imprensa, em claro desrespeito à confidencialidade”.

Penido expressa sua descrença na sinceridade dos acionistas relevantes da empresa em elevar a governança corporativa da Vale a um padrão internacional de uma Corporation.

Neste ambiente, ele considera seu papel como conselheiro independente “totalmente ineficaz, desagradável e frustrante”.

Penido foi eleito conselheiro independente da Vale em uma assembleia geral de acionistas, com mandato de maio de 2023 até abril de 2025. Ele era um dos oito conselheiros independentes da Vale em um conselho de 13 membros.

Penido fez parte do conselho da Vale desde 2019, chegou a presidir o conselho de administração da empresa e tem uma vasta experiência em mineração e siderurgia.

Um substituto deve ser nomeado para cumprir o restante do mandato até abril de 2025.

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