As ações da Ultrapar (UGPA3) lideraram as altas e baixas do pregão, encerrando o dia em alta de 5,54%, cotadas a R$ 21,70. O avanço refletiu o otimismo dos investidores com o desempenho operacional da companhia e a expectativa de melhora no setor de combustíveis.
A B3 ($B3SA3) também apresentou valorização expressiva, de 3,43%, a R$ 12,66, acompanhando o bom humor do mercado diante da perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos e do aumento no volume de negociações na bolsa brasileira.
Entre os bancos, as units do BTG Pactual (BPAC11) subiram 3,04%, fechando a R$ 47,44, impulsionadas pela percepção positiva em relação aos resultados do setor financeiro no terceiro trimestre.
No varejo farmacêutico, a Raia Drogasil (RADL3) avançou 2,87%, negociada a R$ 19,01, após a divulgação de dados que indicaram crescimento nas vendas do segmento de saúde e bem-estar.
A Eneva (ENEV3) completou a lista de destaques positivos, com alta de 2,43%, cotada a R$ 16,47, acompanhando a recuperação dos preços de energia e expectativas de novos contratos no mercado livre.
Maiores altas do dia
Aqui está a tabela formatada com base nos dados informados:
Nome | Último | Variação | Var. % |
---|---|---|---|
Ultrapar ON | 21,70 | +1,14 | +5,54% |
B3 ON | 12,66 | +0,42 | +3,43% |
BTG Pactual Unit | 47,44 | +1,40 | +3,04% |
Raia Drogasil ON | 19,01 | +0,53 | +2,87% |
Eneva ON | 16,47 | +0,39 | +2,43% |
Maiores baixas do dia
As ações da Hypera ON (HYPE3) lideraram as perdas do pregão, com queda de 5,02%, encerrando o dia cotadas a R$ 20,98. O movimento refletiu a realização de lucros após recentes altas e um sentimento de cautela entre os investidores do setor farmacêutico.
Logo atrás, os papéis da Brava ON (BRAV3) recuaram 3,10%, para R$ 16,89, em meio à redução do apetite por risco no segmento de consumo. A Suzano ON (SUZB3) também registrou desempenho negativo, com baixa de 2,17%, negociada a R$ 47,83, acompanhando a volatilidade no mercado internacional de celulose.
Entre as demais quedas do dia, Minerva ON (BEEF3) recuou 1,79%, a R$ 6,57, pressionada pela desvalorização do dólar e pelo enfraquecimento das exportações de carne bovina. Já Petrorecôncavo ON ($RECV) caiu 1,61%, fechando a R$ 12,26, em linha com o movimento de baixa dos preços do petróleo no mercado externo.
Perdedores | Último (R$) | Variação (R$) | Var. % |
---|---|---|---|
Hypera ON | 20,98 | -1,11 | -5,02% |
Brava ON | 16,89 | -0,54 | -3,10% |
Suzano ON | 47,83 | -1,06 | -2,17% |
Minerva ON | 6,57 | -0,12 | -1,79% |
Petrorecôncavo ON | 12,26 | -0,20 | -1,61% |
Altas e baixas: contexto do mercado
No Brasil, a quarta-feira foi marcada pela divulgação de nova pesquisa Quaest logo pela manhã, mostrando que 49% dos brasileiros desaprovam a gestão de Lula, enquanto 48% aprovam.
Também no foco do dia está a votação da medida provisória que trata do IOF, cujo prazo de validade expira à meia-noite. A expectativa é elevada porque a proposta enfrentou resistência, quase sendo derrotada na Comissão Especial do Congresso. O texto propõe mudanças relevantes na tributação de investimentos e ativos virtuais, incluindo a unificação da alíquota de Imposto de Renda em 18% para diferentes rendimentos. Até o fechamento desta edição nada havia sido votado ainda.
No campo político e econômico, declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ganharam destaque, com a defesa da proposta de tarifa zero no transporte público como possível bandeira de campanha do presidente Lula em 2026. O governo encomendou um estudo técnico sobre o tema, que está em fase de avaliação.
No setor corporativo, os investidores digerem o resultado preliminar da MRV Engenharia, que reportou geração de caixa ajustada de R$ 30 milhões no terceiro trimestre, abaixo das expectativas de mercado, o que levou a queda acentuada das ações da companhia. Além disso, a Fitch Ratings alertou para o aumento do risco de liquidez entre empresas brasileiras, como Ambipar, Braskem e Master, destacando que cerca de 10% das companhias avaliadas podem enfrentar dificuldades de financiamento diante da redução do acesso a capital competitivo após recentes eventos de crédito.
E no exterior
O foco internacional do dia foi a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que detalha os argumentos que levaram o Federal Reserve a reduzir os juros em 25 pontos-base na última reunião.
A ata do Fomc, o comitê de política monetária do Fed, mostrou que “cerca de metade” dos membros do colegiado prevê dois novos cortes nas taxas de juros até o final de 2025.
De acordo com a ata, os participantes esperam que a inflação suba levemente no curto prazo, mas retorne gradualmente à meta de 2% ao longo dos próximos trimestres. Alguns membros destacaram que os recentes ganhos de produtividade podem estar contribuindo para aliviar as pressões inflacionárias, enquanto outros afirmaram que, sem o impacto das tarifas aplicadas neste ano, os índices de preços já estariam próximos da meta do Fed.
A leitura foi aguardada em meio ao impasse político nos Estados Unidos, onde o governo entra no oitavo dia de shutdown sem perspectiva de acordo, aumentando a aversão ao risco, pressionando dólar e Treasuries e interrompendo a sequência de recordes das bolsas em Wall Street. O quadro externo também é afetado pela instabilidade política na França e pela incerteza no Japão, fatores que intensificam a volatilidade no câmbio global.
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